Equipa de Redfall desejou que a Microsoft cancelasse o jogo
A Microsoft apenas mandou cancelar a versão PS5.
Redfall da Arkane Studios, nome reconhecido por esforços como Dishonored e Prey, tornou-se num lançamento polémico devido à sua qualidade e além de gerar críticas à Bethesda Game Studios, deixou a Xbox Game Studios numa posição muito desconfortável.
De acordo com o já conhecido Jason Schreier, que falou com diversas pessoas que trabalharam no jogo, o desenvolvimento de Redfall foi de tal forma problemático e o jogo sofreu tantas alterações que muitos chegaram ao ponto de desejar que fosse cancelado.
Schreier escreveu que as suas fontes no estúdio falam num projeto que começou em 2018 e continuou sem uma direção precisa, desenvolvido com falta de pessoal e atritos entre os criativos e as equipas. Começou por ser um jogo pensado para gerar receitas adicionais após o lançamento, um jogo serviço como na altura era moda.
Implementar micro-transações foi altamente incentivado e após Prey falhar nas vendas, surgiu a ideia de criar um jogo multiplayer com vampiros nos quais os jogadores pagariam por cosméticos. O termo "jogo Arkane multiplayer" foi usado para explicar a ideia à equipa, mas a maioria não acreditava que o ADN da Arkane podia ser transportado para um jogo multiplayer.
Schreier diz que os funcionários ficaram frustrados com constantes referências diferentes apresentadas pelos líderes. Uns dias o exemplo era a série Far Cry e noutros já era Borderlands, e com constante falta de pessoal, desenvolver um projeto multiplayer jogo serviço com micro-transações começou a tornar-se demasiado complicado.
Segundo este relato, cerca de 70% do pessoal que trabalhou em Prey decidiu sair da Arkane devido à falta de interesse num jogo multiplayer e quando a Microsoft comprou a Bethesda, surgiu a esperança que Redfall fosse cancelado pelos novos líderes ou pelo menos que o projeto fosse reiniciado como um jogo singleplayer.
A Microsoft decidiu não interferir em Redfall, apenas mandou cancelar a versão PlayStation, e a saga dos funcionários continuou. Com falta de pessoal e os prazos cada vez mais próximos, não conseguiram encontrar um bom rumo e Schreier partilha que não ficaram surpreendidos com a receção tão negativa.