Everybody's Golf 2
Par chega.
Everybody's Golf 2 é contraproducente. A música varia entre o irritante e o aceitável; o sistema para bater a bola é simples; os personagens são frívolos e eu nem sequer aprecio golfe. Mas a verdade sobe ao de cima. Este jogo é, indiscutivelmente, um vício, e a maioria destas condições iniciais revelam-se falsas.
Tudo isto para dizer que Everybody's Golf 2 deixou-me uma muito negativa impressão inicial, que rapidamente se dissipou face às forças do título. Comecemos pelo essencial, o sistema que regula as pancadas.
Uma barra na base do ecrã representa a força que imprimimos na bola. A qual é decidida num jogo de timing, pois um marcador avança barra acima a uma velocidade constante após um toque inicial no botão. Um segundo toque faz então a barra encher para a força pretendida e o marcador voltar a descer - e é aqui que entra a verdadeira habilidade - é nos pedido um terceiro toque que deverá ser o mais próximo possivel do centro de uma marca no inicio da barra. O sucesso neste terceiro toque irá determinar a proximidade da pancada efectuada com aquela que delineámos previamente.
Muito paleio, que é necessário para explicar um sistema absurdamente simples. Existem mais alguns detalhes, como a possibilidade de utilizar botões diferentes para aumentar e diminuir a força da pancada no ultimo momento e os efeitos que podem ser atribuídos à bola; mas o cerne é mesmo este simples sistema de três toques.
Antes da pancada em si é possível observar livremente o espaço, estudando as diferentes formas de atacar cada buraco. A câmara pode deslocar-se lateralmente, verticalmente e para a frente ou para trás conforme a posição da bola. Além de permitir ter uma noção exacta de o que esperar de cada buraco, ocasionalmente estão itens à espera de ser encontrados com a câmara, o que também incita à exploração.
A parca variedade de modos salta à vista, mas todos estão muito bem organizados e dotados de incentivos para que o jogador volte uma e outra vez. Afinal, a única coisa que este jogo nos permite é bater numa bola com um taco, logo as opções são escassas.
Além de um modo de torneio (em que se disputam nove buracos contra uma competição invisível que apenas dá de si no momento de comparar pontuações) e de competição directa, em que as pancadas do adversário controlado pelo computador são feitas em alternância com as nossas, a única outra oferta é um mini-jogo.
Nele devemos tentar acertar em espaços pré-definidos com a bola - em nove locais diferentes - recebendo a pontuação correspondente. Torna-se interessante pois premeia o sucesso com objectivos mais complicados, mas pouco mais.
Para os torneios e competições directas existem doze clubes – cada um com dezoito buracos, sendo que esses dezoito buracos podem ter diferentes tees - divididos por graus de dificuldade (Amateur, Novice e Pro); seis destes são completamente novos e os restantes são repescados de títulos anteriores da série.
Variedade (especialmente a que se observa em termos das localizações dos clubes de golfe) é a palavra de ordem, e o leque de escolhas revela-se útil no modo “Challenge” que vem trazer objectivos ao jogo.