Ex-funcionários da Quantic Dream denunciam um mau ambiente
Falam de racismo e homofobia.
A Quantic Dream, estúdio Francês que está a desenvolver Detroit: Become Human para a PlayStation 4, foi alvo de fortes acusações por parte de funcionários e ex-funcionários, que falam numa atmosfera tóxica, comentários racistas e homofóbicos.
Os relatos e acusações surgiram através do LeMonde, via ResetEra, e pintam uma imagem muito negra para a gerência do estúdio, especialmente para David Cage (que podes ver na imagem), fundador e presidente, e Guillaume Juppin de Fondaumière, gestor geral.
O estúdio que se celebrizou em jogos como Fahrenheit, Heavy Rain e Beyond, aventuras cinematográficas onde frequentemente exploram a humanização de personagens virtuais, é acusado de conduta imprópria, más condições de trabalho, ambiente tóxico e atitudes questionáveis.
Estes relatos e acusações que agora vieram a público, denunciam piadas racistas entre membros da equipa e até entre os responsáveis pela Quantic Dream. Um dos funcionários contou um episódio em que assistiam a um vídeo de um assalto e David Cage perguntou a um funcionário da Tunísia se, "Aquele é um dos teus primos?"
Outras acusações mencionam atitudes homofóbicas, também negadas por Cage que as recusa dizendo que o seu trabalho fala por si. Cage diz que trabalharam com Ellen Page, que luta pelos direitos LGBT.
Guillaume Juppin de Fondaumière é acusado de comportamentos impróprios entre as mulheres que trabalham no estúdio Parisiense, algo que nega e diz estar altamente descontente com estas acusações.
O Le Monde teve acesso a um email de Fondaumière onde é exposta uma situação de pressão sobre os funcionários e gestão que procura desmoralizar os seus trabalhadores.
Entre 2015 e 2016, mais de 50 trabalhadores deixaram a Quantic Dream e alguns deles têm os documentos que comprovam as receitas e prescrições médicas para tratamentos que fizeram após a saída do estúdio.