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Já experimentámos a Wii U

Wii did it again!

Entretanto, durante o decorrer destes eventos o jogador não ficava simplesmente parado a olhar. O jogador tinha a oportunidade de interagir com o que surgia no ecrã. Caso preferissem podiam ver toda a ação no televisor, com o comando a mostrar o mapa e outros ícones cujas ações já lá vamos, ou então podiam assistir a tudo no comando enquanto o televisor mostrava o mapa e uma pequena imagem do que se via no comando. Os ícones eram três e permitiam alterar entre dia e noite, mudar a perspetiva da câmara que podia ser movimentada com os dois analógicos e o terceiro permitia alternar entre ver a demo no comando ou no televisor, como já referido.

Quanto aos visuais servem mesmo para atestar do que a Nintendo já é capaz de fazer com a sua entrada na alta definição e se fosse possível, dentro de um enquadramento hipotético específico, poderíamos perfeitamente imaginar que estávamos a ver um jogo a correr na Xbox 360 ou na PlayStation 3. Link surgia na sua forma conhecida de Twilight Princess, adulto, e altamente detalhado com pormenores como o brilho e os raios de luz que entravam pela catedral a captar a atenção. Toda a imagem é bela e envolvente e quando o imponente monstro surgiu, tudo ganhou uma convincente sensação de escala. O alterar entre dia e noite fazia muito mais do que mexer com as cores predominantes. Tudo desde os efeitos como o brilho, a iluminação e as sombras ficavam completamente diferentes e por vezes nem parecia que se estava a ver a mesma cena.

Foi então altura de entrar na terra que poucos parecem gostar nos dias de hoje mas que por algum motivo, que não se sabe, predomina nas tabelas de vendas, a casualidade. Uma das demonstrações mostrava como é possível conciliar o Wiimote e o novo comando da Wii U para elevar as experiências a novos patamares e oferecer algo que não se pode ter noutro lado. Numa arena de visuais em jeito cartoon, era possível jogarem até quatro jogadores ao mesmo tempo, três com Wiimote + Nunchuck e um com o novo comando, e todos tinham armaduras inspiradas em Metroid Prime.

Após um breve tutorial que nos explicou como usar os dois tipos de controlo, ficamos perante um jogo simples, mas eficaz na hora de mostrar os diferentes tipos de experiências que estão a ser preparadas. Controlar com os comandos Wii é muito similar ao que temos visto em jogos de ação na terceira ou primeira pessoa na atual consola caseira da Nintendo. Movimentar com o Nunchuck, fixar mira e disparar. Já no novo comando o uso do giroscópio provou que a experiência é completamente diferente sente-se fresca, pelo menos nos sistemas caseiros.

Isto porque fomos forçados a movimentar o comando e não podemos ficar estáticos e movimentar ligeiramente os braços, é mesmo preciso movimentar energicamente o corpo, não de forma espalhafatosa claro, mas dinâmica e credível dentro do panorama do jogo e convincente. A combinação dos botões analógicos para controlar a mira e a nave faziam com que a coordenação de movimentos imperasse e tal só com o hábito. No final da demonstração a vontade foi de apenas voltar a jogar com o novo comando.

Foi então a vez de Super Mario Bros. Wii U, uma versão melhorada do jogo de sucesso que chegou há bem pouco tem à Wii. Adaptado para a Wii U, esta demonstração serviu para mostrar também o tipo de conteúdos e abordagem que a Nintendo quer para o futuro do seu entretenimento enquanto sistema caseiro para a família. Agora o jogador pode jogar com os seus Miis e usar as suas cabeças nos corpos dos conhecidos protagonistas. Em termos de jogabilidade tudo permaneceu igual mas a possibilidade de jogar o jogo todo no novo comando, sem quaisquer limitações foi mas um ponto interessante.

Ficámos com a ideia de que com mais tempo a Nintendo poderia ter preparado ainda mais e é isso que nos deixa curiosos, pois apesar de não se notar um grande salto a nível visual, foi na mesma possível ver como a nova consola melhorou visualmente o jogo e isso deixa boas perspetivas para o futuro.

Foi então a vez de conhecer uma demo bem estranha mas bem divertida. Aqui o jogador tinha que obedecer às ordens de uns estranhos piratas e movimentar o comando na direção ordenada. Assim eles podiam dançar e ficar todos contentes mas eles eram danados e começaram a atirar bolas contra nós. Chegada a altura de movimentar o comando em todas as direções para o usar como escudo e enquanto no televisor e no comando víamos imagens diferentes. No televisor estavam os piratas lá no barco e no comando podíamos ver de onde vinham as bolas.

Tudo isto forçava a umas figuras bem estranhas mas sempre divertidas. O que convém salientar aqui é a sugestão de jogabilidade que fica para o futuro pois o comando pode forçar o jogador a interagir e a virar-se em direções que não a frente da televisão. Muitos de vocês já estão a pensar no ataque por trás do sofá. Tendo em conta que se movia o comando para a direita e para a esquerda para barrar os ataques, tudo parece ser possível dentro deste esquema.

A Wii U apenas chega em 2012, numa data ainda por definir, e o que vimos aqui é ainda muito embrionário mas deixou-nos francamente interessados e abertos ao novo produto da Nintendo. A sua forma de pensar e estar na indústria que a leva a constantemente se diferenciar, renovando e evoluindo pode ter dado mais uma estocada na sua distanciação em termos de personalidade perante as companhias rivais. Como se costuma dizer, "se soubesse o que sei hoje", não podemos adivinhar o que se vai passar com a Wii U, mas acreditamos que a Nintendo aprendeu com os erros e vai querer apenas emular o que de bom conseguiu com a Wii e corrigir o que de mal fez.

A Nintendo reforçou que vai implementar uma componente social tão forte e tão válida quanto o que temos visto nas suas rivais e pretende corrigir todos os erros que impediram a anterior consola de ir mais longe. Especialmente porque quer dar de uma vez por todas as boas-vindas às companhias que apoiam as consolas com jogos. Para tal pretende oferecer na sua Wii U tudo o que as outras podem oferecer e pensar que estas exigências dos jogadores e das companhias pode vir a beneficiar o consumidor e a própria Nintendo, na medida em que as suas maiores séries podem vir a incluir funcionalidades inéditas. Deixa-nos curiosos quanto ao que está a vir.

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