F.E.A.R. 2: Project Origin
Alma cresceu, e está mais assustadora que nunca!
Como não podia deixar de ser, o arsenal de armas é bastante variado e competente. Desde as singelas pistolas, passando pelas rifles de assalto, sem nunca esquecer as preciosas granadas, temos de tudo um pouco. Apesar de não ser estritamente necessário, o jogador poderá utilizar cada um destes recursos tendo em conta uma finalidade. Por exemplo, se algum inimigo estiver escondido atrás de um objecto, podemos lançar uma granada de modo a que este se exponha, para que depois possamos fazer um “headshot”.
Algo que também contribui para o sucesso deste franchise é a brilhante inteligência artificial dos opositores, que reconhecem o comportamento do jogador e tomam acções tendo em conta os eventos que decorrem no cenário. De salientar que os inimigos são mais competitivos tendo em conta a dificuldade de jogo que é escolhida, por isso, para aqueles que já são experientes e querem um bom desafio, é aconselhável o modo médio.
Project Origin ainda utiliza o velho método de saúde, ou seja, no canto do ecrã será possível ver uma barra com a nossa vida, que pode ser restabelecida com um dos vários kits médicos que vamos encontrar pelos cenários. Como estes não estão sempre presentes quando precisamos, temos que nos salvaguardar escondendo-nos atrás de qualquer objecto suficientemente robusto para o efeito. Em alguns casos até surge um aviso no ecrã para virarmos, por exemplo, cadeiras com um simples toque no “pad” de acção.
Uma das novidades deste F.E.A.R é o facto do jogador, em certas alturas, poder utilizar “mechs”, robots que têm um poder destrutivo bastante grande, ideais para aquelas alturas em que existe uma sobrecarga de adversários. Assemelham-se a tanques, tanto pela sensação de peso, como de durabilidade.
O tratamento gráfico que o jogo sofreu não deixa ninguém indiferente, estando recheado de óptimos pormenores que vão agradar a qualquer jogador. O sangue está mais real, o comportamento dinâmico das luzes está bastante bom, assim como os modelos das personagens. No entanto, não existe uma grande variedade de cenários, e algumas texturas parecem ter sido recicladas do jogo anterior.
O áudio cumpre na perfeição o seu papel, com efeitos sonoros aplicados no momento certo, capazes de arrepiar qualquer um. As vozes das personagens também estão bastante profissionais, sendo até possível reconhecer algumas delas do primeiro jogo.
O único ponto que nos desiludiu de sobremaneira foi o modo online, que não foi aproveitado como seria de esperar. Temos os modos comuns como o “deathmatch”, “capture the flag”, “team deathmatch”, entre outros, num total de 9 mapas, mas tendo em conta a oferta já existente no mercado, não é, de facto, uma proposta aliciante, mas acaba por prolongar um pouco a longevidade do título.
F.E.A.R. 2: Project Origin não apresenta grandes novidades em relação ao seu antecessor, não se destacando dentro do seu género. No entanto, não deixa de ser um óptimo jogo para os fãs de FPS e, principalmente, para quem adorou o primeiro. Tendo em conta o final deste episódio, algo nos diz que vamos ter grandes surpresas em breve.