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F1 2013 - Análise

Versão do presente com um olhar no passado.

Houve tempos, inícios dos anos 90, em que seguia a Fórmula 1 religiosamente. O período conhecido como época dourada da modalidade, com pilotos como Ayrton Senna, Nigel Mansell, Schumacher (um menino estreante na altura), Alain Prost, Gerhard Berger ou Nelson Piquet, é ainda hoje recordado com nostalgia pelos fãs, que de seguida viram o fim da histórica parceria entre a McLaren e a Honda, depois a morte de Senna, e finalmente um reinado solitários de Schumacher, que conheceu fraca competição.

Hoje assistimos a um período semelhante, com o domínio da Red Bull já há quatro anos para cá, e um campeonato do mundo tranquilamente controlado pelo Germânico Sebastien Vettel. Ora, podemos dizer que a versão virtual de F1 2013 está um bocado como o próprio desporto que simula, em banho-maria, na expectativa do que está para vir no próximo ano.

Grandes mudanças se avizinham tanto para a modalidade rainha do automobilismo, como para a indústria dos videojogos, ambas se preparam para a entrada numa nova geração. O salto para as novas consolas será acompanhado pelo novo regulamento técnico para a fórmula 1 no próximo ano, os atuais motores V8 de 2.4L que utilizam o sistema de recuperação de energia KERS, serão substituídos por V6 de 1,6L que utilizam ERS.

Adicionalmente, este regulamento impõe também mudanças relativas à aerodinâmica, levando a que todas as equipas tenham que se ajustar rapidamente, e apresentar uma versão completamente nova de um motor, mas também de um carro. Será assim difícil prever favoritos à partida, e é certo que os produtores da Codemasters terão mais trabalho que nunca.

Esperando todas estas transformações para 2014, a Codemasters Birmingham decidiu-se por uma viagem ao passado para a versão deste ano com o modo F1 Classics, razão pela qual comecei por relembrar o passado. É notório que em termos técnicos o jogo atingiu um pico, não diria que é o seu limite, mas uma vez ao volante de um monolugar no modo Grand Prix, torna-se difícil perceber que estamos a jogar uma versão diferente da do ano anterior.

"Grandes mudanças se avizinham tanto para a modalidade rainha do automobilismo, como para a indústria dos videojogos"

É um produto já absolutamente consolidado, mas que luta por apresentar melhorias significativas que justifiquem o preço de um jogo novidade todos os anos. Bem sei que se pode dizer o mesmo em relação a tantos outros desportos, mas por exemplo no caso dos simuladores de futebol, ainda ainda existe concorrência obrigando os competidores a ser melhores, a procurarem se diferenciar.

Começamos a nossa aventura na época de 2013 escolhendo um nome de guerra, um capacete, e enfrentando um agradável segmento estilo tutorial como piloto de testes no traçado de Abu Dhabi. Tudo funciona de modo muito fiel ao que é fazer parte de uma equipa de Fórmula 1 (imagino eu), pelo menos parece credível, desde as animações do piloto dentro do carro, os dispositivos à nossa mercê, e claro, o engenheiro da equipa permanentemente nos nossos ouvidos via rádio.

Aqui adquirimos competências essenciais para enfrentarmos o modo carreira, a melhor forma de enfrentar vários tipos de curva, quando e como atacar utilizando o DRS e o KERS, e claro, que tipo de pneus escolher para as várias situações e a forma de os conservar o máximo tempo possível. Ao continuar a carreira entramos no verdadeiro campo da simulação, os objetivos dos tempos são décimas sextas posições, e chegar aos pontos é uma tarefa a roçar o impossível de início.