Fable 2

“Se tenho uma mulher ou um homem vocês podem casar com cada um dos sexos, mas não com ambos os sexos pois daria erro ou podem casar múltiplas vezes ao mesmo tempo, o que pode ser realmente algo de assustador” começa por referir Jorge Backer, produtor no estúdio Lionhead e que foi o responsável pela gravação das vozes e diálogos em Fable 2. Este exemplo que o produtor começou por referir traduz o factor das relações sociais e importância para crescer no mundo Albion, um enorme antro de ligações entre as pessoas e interactividade, bonito de ver e tocar, mas parecendo sair de um conto de príncipes e heróis medievais.

Mas quem vai casar precisa de um espaço, uma propriedade, uma casa ou um castelo para depois lá nascerem os filhos e assim arrancar a construção de uma família. A esposa acompanhará o jovem na ida às compras de objectos para a casa. Mas se forem ricos e tiverem muito capital podem comprar várias propriedades e dependendo da pessoa cair nas boas graças ou não dos outros habitantes os preços dos objectos e bens imóveis sobem e descem. Há um verdadeiro sistema económico e emaranhado social que se põe em marcha. O jogo arranca com o processo de construção da nossa personagem e à qual logo de início serão escolhidos diversos atributos.

Porém, o processo de evolução até ao título de herói consumado, faz-se através da interacção com as personagens de Albion e realização de imensas quests. Desta vez o mundo a explorar é dez vezes maior que em Fable e diante dos npc’s vimos a nossa personagem utilizar o sistema de expressões que passa por esboçar sorrisos, graçolas, risos jocosos ou troça sem pudor e claro, a escolha do tipo de comportamento afectará a vossa reputação diante do povo.

Foi-nos dito que o jogo não terá uma evolução linear. Dependendo das opções tidas pela nossa personagem, comportamento e interacção com os demais habitantes, o resultado divergirá, mas Jorge mostrou-nos um pequeno fio condutor que leva a nossa personagem até determinada quest. O cão farejará o Golden Trail, um caminho dourado iluminado que levará o jogador até à próxima masmorra. O produtor diz-nos mesmo que “funciona como um GPS, mas sem a voz irritante a dizer para virar à esquerda”. É opcional, contudo. O jogador só seguirá essa pista se quiser. Haverá um mapa para ajudar os jogadores mais perdidos embora o produtor nos tenha garantido que o utilizou poucas vezes. Mas o nosso fiel companheiro não se limitará a farejar trilhos para missões. Com o apurado olfacto do canino poderemos descobrir tesouros enterrados e até nos prestará auxilio nas lutas.