Fable II
Albion redux.
Companheiro fiel, o cão está longe de ser o portento de inteligência e compaixão que em tempos fora prometido. Ainda assim é o ajudante ideal. Não necessita da nossa ajuda (caso seja ferido, o tratamento leva poucos segundos com um objecto que tem utilizações ilimitadas) e é útil em diversas situações. Descobrir terrenos enterrados ou simplesmente escondidos, por exemplo, é um conforto extra; tal como o agressivo rosnar que larga na proximidade de inimigos. Até faz o favor de morder os adversários que tombam em combate.
A nível técnico, o jogo faz lembrar o seu antecessor, com um aspecto gráfico polido e variado mas que se revela pouco impressionante. Um pouco como a banda sonora, que muitas vezes se revela incapaz de sequer acompanhar a acção. Pior ainda, durante os combates mais acessos são frequentes as quebras de framerate e até paragens completas do jogo que chegam a durar alguns segundos.
Irritante é a tendência do jogo para gravar a toda a hora o nosso progresso, especificamente imediatamente após acções relevantes. Ou seja, a experimentação é muito desencorajada, visto que o mais provável é o jogo ser gravado imediatamente após as nossas acções.
Pretende a Lionhead com isto, possivelmente, transmitir um peso incontornável às nossas acções, a noção de que devemos responder pela nossa índole. É pena que o espectro de decisões à disposição seja tão limitado. Fable II não deixa, ainda assim, de oferecer uma experiência com alguma longevidade e polvilhada pelo bom-humor que costuma acompanhar os diálogos e personagens da Lionhead Studios. Caso sejam adeptos do género, ou estejam à procura de uma iniciação no mesmo, Fable II é uma oferta sólida.