Far Cry 5 é um western nos tempos modernos - Antevisão
Fizemos uma curta visita a Hope County.
Antes de Far Cry 5 ser oficialmente anunciado pela Ubisoft, circulavam rumores de que decorreria no velho oeste, e embora tal não seja verdade (na realidade decorre no fictício Hope County no estado do Montana durante os tempos modernos), ficamos com a sensação de que estávamos a jogar um Western. A demo que experimentámos no espaço da Ubisoft na E3 2017 deixava-nos conhecer o início do jogo e explorar uma área limitada. A longo prazo é para já impossível saber como que este Far Cry se compara com os restantes, mas pelo menos, a Ubisoft decidiu remover as Torres de Rádio, que já se tinham tornado cansativas e cliché. É um passo positivo, até porque os jogos da Ubisoft têm tendência para encher os mapas com tarefas repetitivas.
Digo que Far Cry 5 é um western porque até o papel da nossa personagem nos recordam dos filmes deste género. Somos basicamente um xerife a liderar com um grande grupo de foras da lei. Em vez de andarem a assaltar bancos, este grupo de foras da lei são fanáticos religiosos que querem enfiar os seus dogmas pela goela abaixo das outras pessoas e estão dispostos a fazer de tudo. O jogo começa quando este grupo decide raptar dois dos nossos ajudantes. A nossa primeira missão é encontrá-los, e como num bom western, embarcar num tiroteio épico de contra dezenas de adversários. Logo à partida temos muitas opções para escolher o caos, incluindo armas de fogo e inclusive um taco de baseball se quiserem levar as coisas para o lado pessoal.
Depois desta pequena introdução, que serve para ficarmos familiarizados com os controlos e com a acção, temos a oportunidade de explorar um pouco. As actividades secundárias de Far Cry 5 não aparecem imediatamente assinaladas no mapa. Em vez disso, temos que interagir com as personagens. Neste caso, depois de expulsarmos os fanáticos religiosos daquela pequena vila, as pessoas voltaram às suas vidas normais. Ao entrar no bar encontramos Mary May. Depois uma breve conversa, encaminha-nos para Nick Rye, uma das opções com Nick Rye. A quinta de Nick é ali perto e podemos pegar no seu avião para dar conta de mais uns quantos capangas do Eden's Gate, o grupo de fanático religiosos que está a criar problemas na região.
Não é uma demonstração longa, com apenas cerca de 15 minutos. Num jogo desta escala, só dá para colher impressões ligeiras. O produtor que estava ao meu lado, a acompanhar a sessão, fez questão que experimentasse a pesca. É uma mecânica engraçada. Perto de um recheado podemos pegar numa cana de pesca e a atirar o isco ao rio. Assim que um peixe morder o isco, temos que inclinar a cana para o lado contrário e ir puxando com cuidado para que o peixe não fuja. Foi um momento engraçado, mas não passa de uma distracção do resto do jogo. De qualquer forma, variedade é sempre bem-vinda, nem que seja através de mini-jogos como este.
"Pelo que jogamos, não será uma revolução na série nem no género"
Tal como em outros Far Cry, também podemos caçar animais, recolher materiais para crafting, ou simplesmente pegar num carro e atropelar pessoas. Embora não seja preciso subir a uma Torre par desbloquear o mapa, fiz questão de chegar ao cima de uma torre de rádio só para ver a paisagem e atirar-me lá de cima, o que sabe sempre bem num jogo em mundo aberto. Lá de cima, podemos ver que este Far Cry será completamente diferente dos restantes, inserido num contexto rural mas moderno. Pelo que jogamos, não será uma revolução na série nem no género, mas a história, as personagens fortes e as diferentes actividades poderão ser argumentos suficientes para tornar Far Cry 5 num jogo sólido.
Não tivemos a oportunidade de explorar Hope County a fundo, mas pelo menos, este trecho parece-nos sólido, mais sólido até que Assassin's Creed: Origins, que será lançado mais cedo. Far Cry 5 estará disponível a 27 de Fevereiro de 2018 para PC, PlayStation 4 e Xbox One.