Far Cry 6 abordará LGBTQ+, fascismo e imperialismo nas temáticas narrativas
Diretor da narrativa não tem problemas em dizê-lo.
A Ubisoft já é conhecida por desenvolver jogos com narrativas envoltas em temáticas políticas e após os responsáveis por Far Cry 6 terem dito que não tecem declarações políticas através do jogo, instalou-se algum ceticismo e o diretor da narrativa veio esclarecer.
Navid Khavari, diretor da narrativa, assinou uma mensagem partilhada no site oficial, através da qual comenta que uma história que lida com ditadores, opressão e revolução não poderá deixar de ser política.
"A nossa história é política. Uma história sobre uma revolução moderna tem de o ser. Existem discussões duras e relevantes em Far Cry 6 sobre as condições que levam à ascensão do fascismo numa nação, os custos do imperialismo, trabalho forçado, a necessidade de eleições justas e livres, direitos LGBTQ+ e mais dentro do contexto de Yara, uma ilha fictícia nas Caraíbas."
"O meu objetivo é dar poder à equipa para ser destemida na história que deseja contar e trabalhámos no duro para fazer isto ao longo dos últimos 5 anos. Também tentámos ser cuidadosos na abordagem às nossas inspirações, que incluem Cuba, mas também outros países no mundo que passaram por revoluções políticas nas suas histórias."
Khavari diz que consultaram criadores e colaboradores com conhecimento histórico e cultural dessas regiões nas quais se inspiraram, que examinaram diversas vezes a narrativa para assegurar que é contada com a devida sensibilidade.
Far Cry 6 será lançado a 6 de Outubro e de acordo com Khavari, "os jogadores vão encontrar uma história cujas perspetivas tentam capturar a complexidade política de uma resolução moderna num contexto fictício."
"Tentamos contar uma história com ação, aventura e coração, mas que não tem medo em colocar duras questões. Far Cry é uma marca cujo ADN procura temas adultos e complexos, equilibrados com humor e ligeireza."