Passar para o conteúdo principal

FIFA 09

Instinto atacante!

As possibilidades deste modo rei são imensas e compatibilizam-se até com convites aos amigos em rede para nos ajudarem nesse objectivo. O relacionamento com a vertente on-line é uma constante neste jogo. Porém, desde o início podemos escolher um jogador conhecido de um qualquer clube ou então entrar numa onda de personalização e fazer de raiz um talento, dando-lhe corpo e forma. Optei por submeter o Cristiano (extremo talentoso) do Paços de Ferreira a esse regime, mas logo aí deparei-me com as limitações de um clube de escassa dimensão.

Ganhar o jogo contra o Sporting, marcar golos e fazer passes letais fazem parte da lista. Não é fácil. Nessa especial função podemos controlar unicamente o jogador, solicitando aos colegas que a maior parte das jogadas passe por nós ou então controlar toda equipa, embora nessa hipótese seja imprescindível que o jogador seleccionado seja a estrela do grupo. Neste modo de jogo, assim como no colectivo dez contra dez, por definição, a perspectiva de jogo muda para um ângulo que permite observar toda a largura do terreno. Custa um pouco pactuar com uma visão tão abrangente, na quina do campo, e muitas vezes sentimos que o nosso jogador corre perdido, fora da sua posição, em perda de pontos. É possível ajustar a câmara para o modo grua, a visão que geralmente é aceite nos simuladores de futebol, mas assim perdemos de vista os restantes colegas e como eles se distribuem pelo relvado.

O meu objectivo é fazer golos. C. Ronaldo, ou CR7, concentra-se para bater o livre directo.

Mas há mais na forma como FIFA 09 se entregou desalmadamente aos modos on-line. Se quiserem poderão criar o vosso clube e pedirem aos vossos amigos que façam parte da equipa, ocupando funções específicas no terreno. Num máximo de dez jogadores em rede por equipa, caso não juntem a dezena, os elementos emprestados pela inteligência artificial cumprem bem a função e pactuam com as opções geradas pelos jogadores de comando. No caso de vinte jogadores entrarem em campo convém respeitarem na íntegra a posição a que ficam submetidos, investindo um pouco mais quando for preciso para atacar ou defender excepcionalmente. O sentido colectivo é de grande presença neste caso e faz mesmo lembrar a forma como se organiza um jogo de futebol a sério. Fica de fora a sensação de domínio total e somos remetidos para um papel ora activo, de passe prolongado, ou corte defensivo, ora passivo, enquanto observamos os colegas a darem o litro por mais um golo no ataque. Uma má intercepção de um lance ofensivo adversário ou um golo falhado de baliza praticamente aberta podem deixar o nosso rosto ruborizado.

Antes de deixar o balneário em direcção ao túnel de acesso para o relvado podem assegurar uma táctica fortemente personalizada e moldada à forma como preferem abordar o adversário. Num estilo mais italiano podem balancear o jogo para o contra-ataque com maior retenção do esférico, ou então, num estilo Premier League, podem privilegiar os passes longos e rápidos, ao primeiro toque, para chegar o mais depressa possível à área adversária. A grande vantagem é que estas tácticas são passíveis de aperfeiçoamento em diversos sectores como construção de jogo, criação de oportunidades de golo e exercício defensivo.

A distância entre os passes, progressão no campo e forma como se articulam os jogadores são vistos ao pormenor e em movimento numa espécie de tabuleiro electrónico. É o momento alto da veia treinador jogador (o último que me lembro a treinar e jogar foi o Jaime Pacheco) que formata o esquema de jogo antes de entrar em campo. Contudo, e mesmo no decurso da partida é inevitável adequar a táctica ao resultado. Assim, podem dar ordens através do d-pad para fazer descer a equipa, defender até à linha do meio campo ou organizar mais pressão sobre a bola.

Após o apito inicial, e se não tiverem seleccionado o modo treinador numa função que vos remete unicamente para a orientação técnica, começam por dar conta que a jogabilidade de FIFA 09 está mais depurada, sendo imperioso organizar imensos passes pelos diversos sectores da equipa.