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FIFA Manager 12 - Análise

Simulação levada aos limites.

Vou começar a análise com uma afirmação algo polémica, mas tenham calma, vou explicar. Gostei muito mais de analisar Fifa Manager 12, do que Football Manager 2012, cuja análise também foi da minha responsabilidade durante este mês. Não, não estou a falar da qualidade global do título, os juízos de valor só começam no próximo parágrafo. Nunca tinha experimentado nenhum título da série Fifa Manager, e assim, acabou por ser refrescante descobrir que proporciona uma abordagem muito distinta da do simulador da Sports Interactive, para o qual o meu cérebro está há tantos anos formatado.

Neste tipo de simuladores, os produtores normalmente têm duas opções, ou se concentram nas mecânicas essenciais do jogo a simular e lhes atribuem o maior detalhe possível. Ou por outro lado oferecem todas as perspetivas e opções possíveis de simulação, mas desenham-nas de forma simples e flexível para que os jogadores se possam facilmente adaptar.

Já escrevi anteriormente que o maior problema deste tipo de simuladores é o facto de serem autênticas montanhas de informação, com um nível de entrada demasiado exigente. Mesmo para os jogadores que conheçam bem o futebol e todas as suas especificidades, é muito fácil serem esmagados por um conjunto gigantesco de menus, estatísticas e tarefas logo desde o primeiro minuto com o jogo. Torna-se facilmente avassalador e consequentemente cansativo.

Sem comentários.

Ora em Fifa Manager 12 os produtores decidiram ir pelo caminho de oferecer grandes quantidades de opções de simulação, mas acompanhadas de grande flexibilidade. Logo de início podemos escolher controlar um clube, uma seleção, começar um modo carreira (podemos escolher começar em ligas inferiores ou de topo), ou até mesmo criar um clube completamente de raiz. No nosso caso, os Talibans de Braga. Depois ainda dentro destas opções podemos jogar com a opção para nunca sermos despedidos, começar sem equipa técnica, ou até mesmo sermos donos de um clube como o senhor Abramovich.

Temos também disponíveis várias opções de dificuldade, algo que não é nada comum neste género. Estes níveis de dificuldade incluem quatro campos distintos dentro dos tradicionais três níveis, fácil, médio e difícil (easy, normal e hard). O primeiro campo para o qual podemos escolher a dificuldade são as transferências e contratos, como é óbvio, quanto menor for o nível que escolhermos, mais fácil será contratar jogadores e renovar os contratos. O segundo campo é a direção do clube, que determina a probabilidade de sermos despedidos no caso de uma fase de maus resultados. O terceiro campo está ligado à moral e confiança dos jogadores, que no caso do modo difícil nos abriga a promover e planear cuidadosamente a comunicação com os jogadores. Por último a prospeção, que determina a facilidade a que temos acesso às verdadeiras competências e potencialidades dos jogadores que procuramos.

Os Talibans de Braga!

Continuando com a miríade de opções, podemos personalizar a nossa aparência de forma a adequar o nosso estilo com a competência como treinador. Para além dos tradicionais, nome, idade e género, podemos personalizar a nossa aparência através de um editor de rosto, ou fazendo o upload de uma fotografia. Podemos também escolher o fato e gravata que queremos utilizar. No caso de escolherem criar um clube, podemos também editar um símbolo, as cores, cânticos, o estádio, enfim, se gostam destas mecânicas de simulação e querem que o clube da vossa vila seja representado na Primeira Liga com as cores oficiais, estão no sítio certo.

A interface do utilizador também oferece muita variedade de opções, podemos escolher mover praticamente tudo no ecrã até estar a nosso gosto, e até adicionar elementos meramente cosméticos para personalizar a nossa experiencia com os menus. Achei particularmente engraçada a representação de um telemóvel (um Sony Ericsson Xperia) no ecrã, onde podemos aceder à "fans app" (está na moda) para ver as nossas tarefas de treinador e notícias recentes.