FIFA Street 3
É a festa do Futebol!
Há já algum tempo que não jogávamos FIFA Street e para dizer a verdade já estávamos com saudades de humilhar adversários, quer fazendo-lhes uma virgula seguida de um forte remate por entre as pernas do guarda-redes, quer partindo-lhes as pernas com um belo carrinho ou uma forte tesourada.
Esta temporada o futebol de rua começa a época com a equipa desfalcada. As únicas plataformas onde poderão jogar FIFA Street 3 serão as consolas tidas por nex-gen, a PlayStation 3 e a Xbox 360. Outras consolas como a PSP e Nintendo DS foram postas de parte, o que na verdade poderia antever que estivéssemos perante um jogo que tirasse total partido das tais propriedades next-gen, mas tal não se sucedeu.
Como é óbvio a principal diferença que se pode notar neste título em relação aos anteriores da série reside na componente gráfica. FIFA Street tem e sempre teve um aspecto caricato devido à natureza dos truques e fintas exibidos em jogo que na realidade seriam na sua maioria impossíveis de realizar em campo até mesmo pelo Cristiano Ronaldo. Talvez por essa mesma razão este ano os produtores da série decidiram adicionar uma componente visual tão ou mais caricata que a própria jogabilidade.Os modelos convencionais de jogadores vistos todos os anos em FIFA foram esquecidos.
Cada jogador tem um aspecto único, com base nas características que mais se destacam no seu ortónimo real. O Peter Crouch que na realidade é uma autêntica “torre” é representado no jogo com umas pernas ainda maiores e uma cara magra. Lembram-se dos monstrinhos do Space Jam? O Peter Crouch parece o gigante azul. Outros jogadores como o Rooney ou o Ronaldo estão ainda mais gordos que na realidade, e por aí fora, o que não nos iria faltar era exemplos para dar. As caras dos jogadores estão fenomenais, uns com orelhas grandes, outros com queixos e narizes pontiagudos, mas todos eles são especialmente bem adaptados em relação ao jogador que representam.
A jogabilidade também parece ter sido alterada, para pior. Parece estar mais presa, é mais difícil fintar, driblar e até mesmo tirar a bola ao adversário. O número de fintas possíveis também não é nada por aí além, pelo que rapidamente irão experimentar todas as fintas possíveis. Tirar a bola é ainda mais difícil pois os jogadores já não fazem carrinhos como antigamente que possibilitavam que fizéssemos entradas magistrais por detrás de modo a derrubar os adversários. Agora mais parece que estão a fazer um golpe bem ao jeito de Tekken, pois fazem-nos parados e não em andamento.Qual é a graça de não derrubar o adversário?
Para quem não sabe o Gambreaker é uma característica desde sempre presente no jogo que possibilita que sejam feitos remates com grande potência e executadas fintas com mais velocidade e perícia. É possível aumentar a barra de Gamebreaker fintando os adversários e concretizando oportunidades de golo. Uma vez activo, o cenário fica em tons acinzentados e tudo o que está em redor da bola mais colorido.
Mas como nem tudo é perfeito, este jogo teria que ser mais um daqueles para juntar à lista de jogos lançados à pressa, talvez apenas para vender ou por falta de ideias da produtora (será mesmo?), FIFA Street acabou por perder toda a sua essência. O modo carreira, no qual em outros jogos da série criávamos uma equipa que tinha como objectivo chegar ao topo do mundo, foi completamente retirado. Desta vez não podemos criar um jogador, e muito menos. uma equipa. É certo que em FIFA Street 2 esta opção foi explorada até à exaustão apelando a todo o tipo de “mariquices”. Pelo contrário, desta vez FIFA Street 3 rege pela simplicidade, até de mais. É praticamente um jogo feito para ser jogado em multijogador, quer seja online ou offline. Quem quiser jogar sozinho apenas terá a opção FIFA Street Challege para se entreter por muito menos do que uma tarde.