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Filmes de Indiana Jones foram inspiração para criar Zelda

Miyamoto revelou numa recente entrevista.

O famoso criador de jogos japonês Shigeru Miyamoto concedeu uma entrevista ao site oficial da Nintendo sobre a importância da NES na indústria, bem como o processo criativo necessário para desenvolver jogos como The Legend of Zelda.

Ao ser questionado sobre o nascimento de The Legend of Zelda, Miyamoto reconheceu que foram os filmes de Indiana Jones que o motivaram a fazer um jogo de aventura que captasse algo desse espírito de exploração.

"Os filmes Indiana Jones também saíram por volta dessa altura. Eu queria recriar esse tipo de aventura num videojogo e as pessoas que jogavam RPG na altura estavam sempre a gabar-se da força das suas personagens e a telefonar umas às outras para trocarem esse tipo de informações. Quando reparei nisso, pensei que seria uma cena interessante," comentou Miyamoto.

"Com um mundo de espadas e magia como tema, decidi criar um jogo de aventura baseado numa caça ao tesouro. E assim surgiu The Legend of Zelda," acrescentou ele.

Na entrevista também foram abordados outros temas que foram importantes no desenvolvimento e publicação de The Legend of Zelda, como o tema do extenso manual e da música do jogo.

Takashi Tezuka, director e desenhador, e Koji Kondo, compositor, também falaram sobre uma das obras musicais mais influentes do mundo dos videojogos e do desafio que isso significava. "Sabia que precisava de música totalmente diferente uma vez que Super Mario Bros. decorre num mundo também totalmente diferente, por isso não sabia bem o que fazer. E The Legend of Zelda tem um texto introdutório, por isso comecei a pensar no tipo de música também para essa mensagem. O requerimento do Tezuka diz simplesmente música texto de abertura'".´

Kondo reconheceu que utilizou o Bolero de Ravel como base e música de abertura, no entanto devido a problemas de direitos teve que descartar essa música. "Sim, usámos esse música. Mas imediatamente depois de terminarmos The Legend of Zelda, ficámos a saber que ainda estava protegida por direitos de autor", comentou Kondo.

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Sobre este assunto Miyamoto referiu que, "No Japão, uma música passa a fazer parte do domínio público 50 anos depois da morte do seu compositor. E como Maurice Ravel, o compositor da música que tínhamos usado para a abertura, vivera há muito tempo, pensámos que não haveria problema. Mas só para nos certificarmos, fomos procurar e descobrimos que havia morrido há apenas 49 anos e 11 meses, o que significava que os direitos de autor só expirariam daí a um mês. E achámos que não podíamos esperar tanto tempo."

Depois disto, Konto viu-se obrigado a compor uma nova música numa noite, motivo pelo qual Miyamoto acredita que é "melancólica" e com toques dos velhos "spaghetti westerns".

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