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Final Fantasy XIV A Realm Reborn PS4 - Análise

Versão definitiva ou ajustada a novas realidades?

Mantenho o que disse na altura da primeira análise, quanto à falta de fluidez do combate, principalmente devido à lentidão dos “global cooldowns”. O aumento da framerate com esta versão PlayStation 4 disfarça um pouco isto, tudo parece mais fluído, mas o sistema de jogo é o mesmo, apenas tem mais poder por trás.

Logo que iniciamos a aventura, e independentemente de acabarmos em Limsa Lominsa, Ul'dah ou Gridania, podemos contemplar a beleza dos cenários. Não é que isto se trate de uma novidade, afinal, Eorzea já era bela na versão anterior, mas claro, a qualidade das luzes, cores e texturas desta versão, está muito à frente da que tínhamos na PlayStation 3.

As quests iniciais são simplistas para quem conhece o funcionamento base de um jogo destes, e desenhadas para ir introduzindo os novos jogadores às típicas missões de falar com X, matar Y, interagir com Z ou assinar um acordo com a guilda H. Seja como for, A Realm Reborn precisa de algum tempo para nos prender completamente, pouco depois de sairmos para enfrentar a vida selvagem.

Não é que a qualidade das músicas com o selo Final Fantasy seja notícia, mas não posso deixar de salientar a brutal banda-sonora do jogo. São cerca de 6 horas de música, com a participação de vários pesos pesados da equipa de som da Square Enix dirigidos por Masayoshi Soken, com a participação de nomes como Nobuo Uematsu, Tsuyoshi Sekito e Naoshi Mizuta.

Na altura da análise das versões da PlayStation 3 e PC, referi que a principal diferença entre as duas, aparte da óbvia distância visual, eram as limitações que o comando impunha em termos de interface, principalmente no que à comunicação diz respeito. A Square-Enix parece ter reconhecido isto, ao reestruturar a interface, e permitir mover e personalizar parte das janelas que obrigatoriamente nos transmitem a informação.

Vão notar que agora é possível aproveitar o painel táctil do Dualshock 4 para imitar o cursor de um rato, continua a não ser o ideal, mas ajuda. As janelas podem ser redimensionadas para que seja possível aceder à informação sem cortar por completo o acesso ao jogo. Os atalhos também tiveram direito a atenção, permitindo que possamos designar um total de 32 acções ao painel.

Sendo uma versão para PS4, podemos usar a funcionalidade de Remote Play com a Vita, para pela primeira vez, jogarmos um MMORPG deitados na cama. Claro que, se considero que o controlo destes jogos é limitado num comando, isto é ainda mais verdade tratando-se de uma portátil. No entanto, não deixa de ser uma possibilidade interessante.

No geral, é muito mais "o mesmo jogo numa plataforma diferente", do que uma nova versão, aliás, o facto de a Square-Enix permitir actualizar a versão PlayStation 3 gratuitamente demonstra isso mesmo. A boa notícia é que traz todos os conteúdos lançados até agora, incluindo o patch 2.2, Through the Maelstrom, com novos bosses, quests e conteúdos de grupo.

A principal conquista do jogo tem a ver com o facto de parecer um verdadeiro Final Fantasy, nos ambientes, nos sons e nas personagens familiares. Claro que se trata de um MMO com um modelo de subscrição por trás, mas acredito que mais importante que a discussão das vantagens e desvantagens destes modelos, é a certeza de que se o jogo for divertido, os jogadores não se importam de pagar.

8 / 10

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