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Fire Emblem: Shadow Dragon

Cavalos a mais.

Inesperado. Depois de tantos anos a ser ignorados pela Nintendo Europa – a começar pelo anterior Fire Emblem que lançou , cujos sucessivos adiamentos convenceram muita gente de que nunca veria as terras do velho continente – os fãs da companhia nipónica são agora recompensados com um lançamento Europeu de Fire Emblem: Shadow Dragon para a Nintendo DS, enquanto que os Norte-Americanos esperam pela sua oportunidade dentro de alguns meses (alguns relatos apontam para Fevereiro).

Claro que tal situação teria de trazer marosca, que se parece manifestar nas reduzidas quantidades do jogo que foram colocadas à venda. E é pena, pois este é um jogo que merece a atenção de todos os fãs do género.

Convém realçar que este é o terceiro remake do jogo que segue a história de Marth, príncipe e ultimo descendente de um grande herói e, como tal, o único capaz de salvar o seu reino e, de caminho, os restantes, da opressiva sombra do mal. A história não é tão complexa quanto os últimos Fire Emblem nos têm habituado, é certo, mas ainda assim permitem compreender as motivações dos diferentes personagens e de todas as batalhas em que somos colocados.

Isto é principalmente visível na maioria dos personagens que recrutamos, que são largamente deixados de fora do desenrolar da história, o que, em conjunto com a remoção das conversas entre personagens para desenvolver simbioses entre eles, retira muita da carga psicológica que normalmente enche os jogos desta franquia.

Felizmente, a dose menos carregada que o costume de história de fundo e ligações inter-pessoais é compensada pelas muitas batalhas interessantes, do ponto de vista estratégico, onde somos incitados a explorar as capacidades das diferentes unidades.

O ónus da morte continua bem presente, com a queda de um soldado em combate a reter pouco de metafórico. Um personagem derrotado é perdido para a duração de todo o jogo. Existem sempre personalidades de sobra caso algumas se percam pelo caminho (o número de unidades a utilizar por mapa é sempre limitado), mas a vontade é sempre de tentar manter evitar as perdas no mínimo possível, mesmo que isto exiga repetir um mapa.

O jogo tem melhor aspecto em movimento...

Neste aspecto, o jogo é permissivo, dando possibilidades de gravar (uma ou duas vezes por mapa, regra geral) a meio do desenrolar da batalha e a dificuldade, em geral, é adequada para quem já esteja habituado a jogos deste género. Isto falando da dificuldade normal, os mais exigentes poderão atravessar o modo “hard”, onde o desaparecimento dos pontos para salvar o jogo é o menor dos desafios colocados. Unidades inimigas em maior número e nível tornam a gestão da experiência que cada unidade ganha crucial.

Embora não tão opressiva, a gestão da experiência no modo normal é também muito importante, sendo de evitar utilizar as unidades mais evoluídas que são disponibilizadas à partida, pois estas recebem uma quantidade reduzida de experiência. Maximizar as oportunidades de experiência para as unidades mais frágeis é essencial, e é agradável ver supostas unidades “fracas” ultrapassarem as expectativas após subirem alguns níveis.

A gestão de inventário e equipamento não exige tanto trabalho como nos jogos mais recentes (para quem não esteja familiarizado, Radiant Dawn na sua fase final exigia a gestão de três exércitos em alternância), com o número de unidades a convocar por batalha a manter-se em números bastante aceitáveis, algo que também se reflecte na duração de muitas das batalhas, perfeitamente plausíveis para um título portátil.