Football Manager 2009

Todos conhecem Football Manager e, por esse mesmo motivo, apresentações são dispensáveis. Esta incursão do maior formador de treinadores da era electrónica na PSP também já não é novidade, ou não fosse esta já a quarta versão do jogo a sair para a portátil da Sony.

Inovação nunca foi algo que fez verdadeiramente parte deste franchise, ou não estivéssemos perante a verdadeira aplicação do velho ditado – equipa que ganha não se mexe . Entre alguns ajustes e afinações, é a versão PC que lá vai recebendo aquilo a que realmente se pode apelidar de novidades. No caso particular da versão 2009, é óbvio que falo do novo motor 3D, que apesar das falhas técnicas e o visual pouco apelativo, torna-se um bom complemento para esta fórmula que pouco ou nada tem para melhorar. Este novo motor 3D não marca presença na versão portátil, o que não é grave, tendo em conta que o velho sistema 2D das “bolinhas” continua a funcionar muito bem.

Actualizações de ligas, equipas e licenças à parte, tudo o resto se mantém igual, tal como já vai sendo habitual. Nesta versão aquilo que acaba por realmente marcar a diferença são os controlos que, apesar de seguirem um padrão que tenta tornar a jogabilidade simples e directa, nunca chegam a alcançar a grandiosidade atingida por um rato e um teclado. Este é certamente um dos jogos que mais rentabiliza a bateria da PSP, o que não significa necessariamente que esse tempo poupado seja despendido a jogar. Se esta versão ganha em portabilidade, permitindo-vos jogar em qualquer altura, por outro lado perde em instintividade. Os controlos estão até muito bem adaptados dentro daquilo que é possível, simplesmente não esperem alcançar os gloriosos serões passados de roda da versão PC.

Os menus são todos eles muito semelhantes àquilo que sempre foram. Não esperem grandes alterações, esperem sim uma das melhores adaptações de Foottball Manager a uma versão que não a PC. Com um grafismo cuidado, e todas as adaptações inerentes a uma versão do portátil, esperem ver todo o tipo de atalhos espalhados pelo ecrã através de botões de acesso instantâneo. Os botões R e L irão também dar imenso jeito, permitindo retroceder ou avançar nas vossas acções a qualquer altura.

O som é o mesmo do costume e, para além do som irritante que é reproduzido sempre que carregam num botão, não esperem ouvir mais nada para além dos típicos barulhos da multidão durante o jogo. Desta vez não há escapatória a este tipo de monotonia, pois colocar uma musiquinha em som de fundo não é opção. Por outro lado o jogo está em Inglês, não contando com a tradução para português que já vem sendo habitual na versão PC. Há uns anos atrás isto seria normal, mas hoje em dia já começa a fazer mossa. A localização para português neste tipo de jogo é algo que se quer com um rótulo de indispensável, principalmente quando este é um jogo tão aclamado aqui pelo Zé Povinho.