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Forza 3

Sim, gosto de ser arrogante.

Sabem qual foi a frase mais repetida na E3? A quem adivinhar dou um rebuçado, ou senão leiam até ao fim.

Existem jogos que por vezes parecem apenas se dedicar a um único feito, surpreender tudo e todos. Na pré-E3, quando existiam imensos rumores (digamos quase certezas) sobre o novo Forza 3, nós já sabíamos que realmente ele iria ser mostrado, e também já sabíamos que o iríamos jogar. Posso separar esta primeira experiência com Forza 3 em duas partes. A primeira a conceptual, a das imagens e vídeos. Não fiquei nada impressionado com o jogo, pois tristemente estava a ficar parecido com a série Gran Turismo (sim gosto, mas para mim é uma montra de veículos virtuais). A segunda, quando peguei pela primeira vez em Forza 3.

Um dos pontos que nunca gostei na série Forza, foi a falta de cuidado com os gráficos, principalmente na parte que me toca, a nível de ambiente e atmosfera dos cenários. Digamos que sempre o achei muito parecido com alguns jogos de PC, e para isso fico bem confortável junto ao meu PC com o meu simulador de cockpit onde a experiência de um verdadeiro simulador automóvel está presente.

O expoente em Forza 3. Obrigado Microsoft pelo convite para o after hours.

Como disse, esta experiência tem dois estágios. Em conversa com o produtor de Need for Speed Shift, falávamos nisso mesmo, onde Shift ia em direcção da simulação, e o Forza 3 em direcção do arcade (pudera com aquele trailer manhoso de drift). Como estava completamente enganado. Em primeira análise, o jogo parece-se com Gran Turismo 5, quer na forma como os carros se comportam na pista (parte vídeo), quer mesmo o alcance tão desejado da minha parte de um corpo gráfico exuberante, e de um realismo dos diversos veículos, antes apenas visto na série Gran Turismo. Desta forma, e com esta primeira impressão, fui testar Forza 3 em três modos de jogabilidade. Ok, passemos para o segundo estágio.

Tive a oportunidade de jogar em três formatos: Comando, simulador de cockpit com três LCDs em formato côncavo, e simulador de cockpit com três LCDs em formato côncavo com o habitáculo automático e com suspensão activa de simulação. Sim, era preciso usarmos cinto de segurança. Como é óbvio, a experiência nos diferentes formatos varia, sendo o expoente máximo, o simulador de cockpit. Mas a questão é que em todos eles a experiência é arrebatadora. Como primeira impressão, ficámos completamente rendidos a Forza 3.

O jogo está muito equilibrado em termos de opções de mecânica, bem como de opções de dificuldade na jogabilidade. Uma das principais metas da equipa por detrás de Forza 3, e principalmente do seu produtor Dan Greenwalt, é criar um jogo que apele a uma variedade de pessoas. Conforme palavras dele, "Queremos tornar os amantes de carros em jogadores, e os jogadores em amantes de carros." Com diversos níveis de dificuldade, e com isto dizemos níveis de ajudas na condução, que vão desde ajuda na tracção, no arranque, às tradicionais mudanças automáticas ou semi-automáticas, ajuda na travagem, e muitas mais. Desta forma, o jogo agradará a todos.

Quero destacar principalmente o comportamento do carro em pista, e na reacção que ele tem em função do tipo de condução que temos. Podíamos experimentar três pistas, mas a que mais gostei de conduzir foi a pista de Monserrate, Espanha, onde a beleza natural das montanhas cria uma harmonia com os super desportivos. A forma como o carro se comporta em pista é extremamente realista, onde o mais pequeno deslize e falta de atenção dita um encontro com os muros. Nada como um bom rewind ao estilo de GRID não resolva. Como seria de esperar os carros têm comportamentos diferentes uns dos outros, sendo uns mais fáceis de conduzir que outros. Em suma, em termos técnicos parece um Forza 2 mas com uma grande actualização.

Assim tão simples, coloquei o meu nome em primeiro lugar. Tuga é lixado...

Ficando neste segundo estágio, onde a desilusão inicial passou para a admiração imediata. Forza 3, consegue trazer até nós os gráficos de um Gran Turismo aliados a uma simulação que nada fica a dever a grandes jogos de simulação para PC como, GTR, LFS, e rFactor. Esta foi a primeira impressão que tive, e muito há a falar de Forza 3, principalmente se este apelo inicial se manterá na componente total do jogo.

Dan Greenwalt e a sua equipa da Turn10 fazem sonhar qualquer amante de simuladores, ou apenas adeptos de bons jogos de carros. Dan Greenwalt afirma ter aqui o jogo de carros mais bonito de sempre. Será que é verdade? Veremos. Para finalizar, sabem qual a frase mais vezes dita na E3? Foi esta: "Forza 3 é o melhor jogo de corridas desta geração."

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