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Fullmetal Alchemist: Brotherhood

Os irmãos Elric na PSP.

Chegada a hora dos combates temos uma jogabilidade que pode ser descrita como algo estranho e que antes de ter tempo de se entranhar se torna em algo demasiadamente banal para ser atractiva a longo prazo. Com esquemas de ataque altamente repetitivos, demasiadamente cedo ficamos sem quaisquer novidades para incentivar e vencer os combates não passa por um exercício de estratégia ou melhoria pessoal mas sim pelo método da tentativa. Isto porque os nossos personagens ganham experiência conforme combatem, podendo o jogador decidir livremente onde atribuir os pontos ganhos dentro de quatro parâmetros diferentes: ataque, defesa, velocidade e ataque especial.

A questão que cedo se coloca é se estamos perante um adversário realmente difícil para o qual devemos adoptar novo método de abordagem ou se estamos simplesmente perante um adversário com nível demasiadamente alto, bastando simplesmente lutar para ganhar experiência. Inicialmente podemos ficar com a impressão de que o uso do dodge pode fazer com que os combates pendam a nosso favor mas como referido, não é uma questão de estratégia mas sim de nível e de atributos. Isto faz com que os combates se assumam como monótonos e sem interesse a médio prazo, mesmo frente a inimigos de maior porte e especiais. Algo que é pena pois temos a oportunidade de conhecer melhor algumas histórias e de jogar com personagens que normalmente não seriam jogáveis.

Viagem ao passado versão Fullmetal.

Os combates são a forma de ganhar extras, como fatos, e de aumentar o nosso nível e são o óbvio meio de progressão na história. Desta forma vamos ganhar novos itens para as tradicionais galerias de imagens e de extras que servem para apelar aos mais devotos fãs da série. É única e estritamente para eles que este jogo se dirige, mesmo que os visuais possam apelar aos que gostam de desenhos animados japoneses. Todo o aspecto visual está a par do que se vai vendo no género na portátil se bem que o motor de jogo denota algumas falhas tanto no detalhe dos personagens como nas animações. São pormenores que apenas alguns vão notar mas que mesmo assim afectam o jogo. Um dos elementos mais bem conseguidos está mesmo na forma como os personagens representam visualmente os danos sofridos. Consoante a barra de energia desce, também as roupas dos personagens vão perdendo qualidade podendo ficar queimadas e até rasgadas.

Era óbvio que Fullmetal Alchemist: Brotherhood se destinava aos fãs que acompanharam a dupla Elric e restantes personagens. No entanto a licença parece ter sido tratada sem qualquer brilhantismo e tudo parece ter sido encarado de forma demasiadamente descontraída. Mais esforço era pedido e mais podia ter sido feito. É um jogo divertido mas apenas para um grupo restrito de devotos e peca por ter desejado apenas e só isso.

5 / 10

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