Fumito Ueda fala sobre o tempo de produção de The Last Guardian
E conta que sempre criaram jogos com gráficos que não são determinados pelas especificações de hardware.
Numa nova e interessante entrevista com o IGN, Fumito Ueda, director de The Last Guardian, falou sobre vários aspectos do jogo que vão desde o longo período de produção, à transição para a PlayStation 4, e aquilo que vai na sua mente agora que o projecto está a caminhar para a sua conclusão.
Em relação ao longo período de desenvolvimento do jogo, Ueda contou que, "Foi há cerca de 10 anos que o nosso anterior jogo foi lançado, mas isso não significa que tivemos activos no desenvolvimento durante todos estes 10 anos. Depois de Shadow of the Colossus ter sido lançado na PS2, houve algum tempo antes de começarmos a trabalhar no desenvolvimento de The Last Guardian, e nem sempre tivemos activos durante esse tempo todo. Houve algumas mudanças devido às mudanças de hardware e também mudanças nas prioridades do estúdio."
"Nem sempre tivemos activos por isso é muito difícil dar um número preciso em termos de tempo de desenvolvimento, mas uma coisa posso dizer nós pensávamos que iria demorar menos tempo, pensávamos que a produção de Ico e Shadow of the Colossus tinha demorado muito tempo e uma das nossas missões para The Last Guardian era que queríamos criar algo bom num curto espaço de tempo, por isso o facto de ter demorado muito tempo foi algo completamente inesperado para mim."
Ao longo da entrevista Ueda falou também sobre o facto de não terem mudado nada na concepção de jogo, houve apenas pequenas mudanças, mas nada que abalasse a ideia original do rapaz poder usar a tal criatura gigante para aceder a locais que não conseguiria aceder se tivesse sozinho e o contraste entre os pequenos movimentos do rapaz com os grandes movimentos que o rapaz faz ao interagir com Trico.
Ueda contou também que inicialmente não gostou muito da ideia de o jogo ter sido transladado para a PlayStation 4, isto porque ele queria ter lançado o jogo mais cedo na PlayStation 3, no entanto agora acha que foi uma boa ideia porque neste momento a PlayStation 4 atravessa um bom momento.
"Em termos das boas coisas que aconteceram desde que passámos para a PS4, óbvio que a qualidade dos gráficos e os detalhes melhoraram, mas para além disso, penso que no processo de desenvolvimento de relançar um jogo tens de passar por um processo de optimização, mas penso que fomos capazes de comprimir esse processo. Para Ico, Shadow of the Colossus, e The Last Guardian, tentámos criar gráficos que não são determinados pelas especificações de hardware. Por outras palavras, a arte não tenta ser um fardo para a máquina, ou não tenta puxar o máximo por ela. Esta meta, com a passagem para a PS4, não se alterou, mas com a PS4 conseguimos chegar muito mais rápido ao nosso objectivo."
Ueda referiu que não sabe dar um número exacto no que diz respeito à percentagem de jogo que está terminado, mas disse que a equipa está a trabalhar no duro para que o jogo agrade os jogadores e que seja lançado no final deste ano.
"Não vos posso dizer a percentagem de desenvolvimento que já está feita, mas estamos a trabalhar arduamente para lançar o jogo no final do ano. Em termos da situação actual, estamos a trabalhar no desenvolvimento durante muito tempo, mas penso que recentemente o progressos têm sido muito bons. Nunca tive num jogo que demorasse tanto tempo a desenvolver, por isso uma parte de mim sente-se triste, mas outra parte sente que quer apenas completá-lo. É uma mistura de sentimentos."
"Espero verdadeiramente que os jogadores gostem do jogo, e não sou só eu, mas toda a equipa que trabalhou neste projecto sente o mesmo. Penso que se os jogadores gostarem do jogo então todo este tempo que demorou o desenvolvimento do jogo e todos os contratempos que passámos valeram a pena."