Funcionários da CD Projekt RED irritados com os responsáveis pela companhia
Acusam-nos de mentir e afirmam que precisavam de mais tempo.
A CD Projekt RED entrou deliberadamente para um edifício em chamas e está agora a correr contra o tempo para apagar o incêndio, mas a sua reputação poderá ter ficado irremediavelmente chamuscada.
A situação em torno do lançamento de Cyberpunk 2077, especialmente nas consolas de anterior geração, está a dar muito que falar e não pelos melhores motivos, algo que se torna ainda mais angustiante para os funcionários que trabalharam imensas horas extra na corrida para o lançamento e avisaram que precisavam de mais tempo.
Numa novo artigo do Bloomberg, Jason Schreier partilha relatos de funcionários e ex-funcionários que acusam os responsáveis pela CD Projekt RED de mentir intencionalmente à imprensa e de não escutar as preocupações dos trabalhadores. Estão irritados pois o acidente que está agora a decorrer à sua frente foi precedido por diversos avisos.
Schreier relata uma reunião interna que decorreu ontem, na qual a gestão pediu desculpas pelo desastroso lançamento e respondeu a perguntas dos funcionários sobre o que os aguarda. Segundo pessoas que estiveram presentes, as incontáveis horas extra foram um dos temas abordados e a gerência prometeu melhorias, mas não explicou como alcançará isso.
"Um funcionário perguntou aos diretores o porquê de terem dito em Janeiro que o jogo estava 'completo e jogável' quando não era verdade, algo ao qual responderam que iriam assumir a responsabilidade," relata Schreier com base nos testemunhos das suas fontes.
"Outro funcionário perguntou se os diretores da CD Projekt RED sentiam ser hipócrita criaram um jogo sobre a exploração corporativa enquanto esperam que os seus funcionários trabalhem horas extra."
Diversos funcionários e ex-funcionários disseram a Schreier que Cyberpunk 2077 foi adiado 3 vezes em 2020 e chegou neste estado porque os prazos estabelecidos pela gerência nunca foram realistas e o jogo precisava de mais tempo no forno.