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Ghostrunner 2 - Velocidade e precisão máximos

Estou impressionado com esta sequela.

Crédito da imagem: 505 Games

São jogos como Ghostrunner 2 que tornam o meu trabalho no Eurogamer Portugal tão prazeroso. A sequela do original de 2020 chegou até mim de forma inesperada e entrei no seu mundo cibernético com expectativas nulas – e o resultado foi uma das melhores horas que passei jogando um videojogo nos últimos tempos.

A 505 Games deu-me a oportunidade de testar dois capítulos distintos de Ghostrunner 2 e se jogaste o primeiro jogo, então já sabes exatamente o que te espera: locomoçaão e combate veloz, fluido e preciso, em que parar por um momento que seja é o mesmo que uma sentença de morte. Podes correr pelas paredes, deslizar por corrimões, usar um gancho para saltar por buracos e precipícios, tudo isto à medida que atacas diversos inimigos espalhados pela cidade futurista.

De facto, apenas equipado com uma espada, shuriken e a capacidade de desacelerar literalmente o tempo, é impressionante a quantidade de acrobacias e mecânicas presentes no jogo e, melhor ainda, a satisfação que sentes internamente quando as executas. Como rebentar um rolo de bolhas de plástico.

Adrenalina pura. Satisfação máxima.

Os inimigos morrem apenas num golpe, mas existe uma contrapartida: tu também morres com um só golpe. Tudo isto torna Ghostrunner um gigantesco exercício de tentativa e erro que se poderia tornar frustrante, mas tal nunca acontece graças à simplicidade dos comandos e à adrenalina da jogabilidade. Se morreste, por norma, a culpa foi inteiramente tua e cabe-te a ti criar uma nova estratégia ou encontrar um caminho alternativo. Seja para as diversas secções de plataforma ou combate, o mais importante é o timing; Ghostrunner 2 é um jogo onde morrer é inevitável mas os checkpoints generosos rapidamente colocam-te de novo no seio da ação.

Image credit: 505 Games

Tudo aquilo acima descrito foi essencialmente a minha experiência com a primeira parte da demo de Ghostrunner 2; a segunda parte, no entanto, traz uma reviravolta fascinante que, arrisco-me a dizer, foi ainda mais divertida do que a primeira: um nível totalmente passado em cima de uma mota.

O mesmo gameplay, mas em cima de uma mota

O princípio é o mesmo que anteriormente: ter bom timing continua a ser fulcral para seres bem-sucedido, já que a velocidade da mota não deixa margem para erros e obriga-te a aprimorar ao máximo os teus reflexos. Trata-se essencialmente de uma intensa corrida de obstáculos, com lasers, túneis, rampas de lançamento e uma série de outras características que tens de ter em mente. Em certas ocasiões, até conduzes nas paredes laterais, criando uma sensação de montanha-russa!

A parte curiosa, todavia, prende-se com um sinal de rádio que a tua personagem está a apanhar e do qual não se pode distanciar muito, correndo o risco de “game over". Assim sendo, não só tens de passar por todos os obstáculos mas tens de o fazer de forma rápida o suficiente para te manteres a par do sinal.

Como podes ver, isto é receita para umas horas muito bem passadas. Bati palmas quando a demo terminou e não me lembro de alguma vez ter feito isso. O pior de tudo é que, com um final de 2023 já bem recheado de grandes jogos, lá vou ter eu de adicionar mais dois à minha lista: Ghostrunner 2 e o original. Estou desejoso por jogar a versão final da sequela e espero que o estúdio One More Level tenha mantido a qualidade que experienciei nesta demo até os créditos rolarem.

Ghostrunner 2 chega a 26 de outubro ao PC, PS5 e Xbox Series.

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