Passar para o conteúdo principal

Ghostwire Tokyo - as principais facetas deste jogo

Caça-fantasmas.

Ghostwire: Tokyo é o novo jogo da TangoGameworks e se nos tens acompanhado ao longo dos últimos meses, sabes que estamos altamente empolgados com o novo projeto dos pupilos de Shinji Mikami. Ghostwire: Tokyo é uma nova propriedade intelectual que parece pegar em elementos de diversos géneros para os misturar com mecânicas suas e gerar algo que promete tornar-se fresco e diferente. No entanto, apesar da proximidade ao lançamento, já a 25 de março, ainda existe um grande nível de mistério em torno da estrutura, progressão, gameplay e mecânicas que vais conhecer ao entrar nesta Tóquio desolada.

Apesar de Mikami estar associado ao género Survival Horror, devido ao impacto de Resident Evil e Resident Evil 4 em toda a indústria em duas gerações diferentes, o mestre japonês trabalhou em diversos géneros que resultaram em clássicos de culto ou jogos repletos de adrenalina aclamados em todo o mundo. Talvez por isso seja necessário ter especial atenção a Ghostwire Tokyo e às ideias criadas em conjunto com uma equipa de novo talento.

A pensar nos que estão intrigados com Ghostwire Tokyo, mas ainda não sabem em pleno o que os espera quando entrarem nesta Tóquio, eis alguns pontos a ter em conta antes de começar a jogar.

Não é um Survival Horror

Algo que deves ter desde logo em conta é que este jogo não é um título de terror e sobrevivência, apesar de implementar elementos desse estilo tão popular. Mikami não criou The Evil Within 3, mas esteve perto, optando por um jogo de ação e aventura na primeira pessoa, perspectiva que permite maior imersão e melhor uso dos poderes místicos do protagonista.

Apesar disto, existem elementos de terror em Ghostwire Tokyo, não fosse este um jogo no qual Tóquio está repleta de espíritos. Existem diversos inimigos capazes de criar desconforto, momentos tensos em pequenas casas com fantasmas mais assustadores e até cutscenes de tom misterioso e tenso. No entanto, estarás numa grande metrópole com imensa luz e movimentação rápida, sem especial necessidade de gerir recursos. Apesar de alguns elementos comuns, este não é um survival horror.

Não é um mundo aberto

Apesar de incorporar elementos comuns a jogos abertos, Ghostwire Tokyo não é um jogo em mundo aberto. Decorre numa área de grande escala e que dá a sensação de um mundo aberto, mas não o encares como uma experiência ao estilo desses jogos. Com isto quero dizer que a progressão poderá desfrutar de elementos comuns aos jogos de mundo aberto, mas o design é diferente, não é um jogo com total liberdade para exploração. Existem elementos comuns aos jogos singleplayer lineares e outros mais comuns às experiências mais abertas, numa mistura que procura criar uma experiência cinematográfica ao nível dos singleplayer cinematográficos com alguma exploração dos mundos abertos.

Terás que eliminar inimigos e encerrar portais para desbloquear o mapa e o acesso a mais partes da cidade está relacionado com o progredir da narrativa. Existem missões secundárias que podes cumprir para ganhar poderes e itens extra, mas não esperes um jogo de espírito totalmente aberto. Se jogaste The Evil Within 2 sabes que a Tango GameWorks introduziu algumas áreas abertas de maior escala que rompem com o design linear do resto do jogo. Imagina uma evolução disso em Ghostwire Tokyo.

Um FPS com poderes místicos

Para diferenciar ainda mais o seu novo jogo, a Tango apresenta-te um jogo de ação na primeira pessoa, algo raro de ver quando falamos de um estúdio japonês. Em Ghostwire Tokyo, o protagonista deixa um poderoso espírito entrar no seu corpo para ganhar incríveis poderes, mas como seria de esperar, existem limites inicialmente e terás de desbloquear mais poderes ou habilidades avançando na história ou completando tarefas opcionais no mapa de jogo. No entanto, desde o início terás poderes para despachar a curto e longo alcance os espíritos.

Como se estivesses a falar do Doutor Estranho, podes enviar rajadas de energia pelos dedos, alguns poderes recorrem aos elementos como fogo e gelo, para causar dano e quando o espírito está quase a perder toda a energia, podes sugá-lo com os teus poderes para o purificar. Tens ainda a possibilidade de executar golpes a curto alcance para os atordoar. O gameplay parece altamente dinâmico e visualmente repleto de estilo, pronto para apresentar um FPS como nenhum outro.

Tarefas opcionais e progressão no mapa

Esta espécie de híbrido entre experiência cinematográfica para um jogador com experiência em mundo aberto promete conjugar momentos cinematográficos de alta intensidade narrativa com a possibilidade de executar tarefas opcionais e não seguir linearmente a narrativa. Além das missões secundárias que expandem esta Tóquio, terás outras atividades que parecem atirar Ghostwire Tokyo para o meio das inúmeras experiências influenciadas pelos mundos abertos da Ubisoft. Apesar disto correr o risco de ser visto de forma negativa, a verdade é que até os mais aclamados títulos em mundo aberto da atualidade foram de forma alguma inspirados pelo conceito da Ubisoft.

No entanto, isto não significa ícones até perder de vista e tarefas apenas para prolongar artificialmente a longevidade, isso apenas saberemos ao jogar Ghostwire Tokyo, mas a esperança é ver um jogo expandido através de tarefas divertidas que quebram a sensação de linearidade que poderia criar riscos para a longevidade do jogo. Para limpar o nevoeiro terás de encerrar portais, terás atividades para ganhar Skill Points extra, missões secundárias e pessoas desaparecidas. Não parece um exagero de ícones no mapa.

Ghostwire Tokyo chega já a 25 de março e tem o potencial para transformar o panorama japonês desta indústria. Se for bem aceite em todo o mundo, os criadores japoneses poderão sentir-se encorajados a tentar seguir a postura da Tango, a de não se ficar pelo banal seguir de moldes e arriscar criar algo diferente. O potencial está lá, resta saber se cumpre.

Lê também