G.I. Joe: The Rise of the Cobra
Yo Joe.
Existem jogos que quando pegamos neles, de imediato uma desilusão entre dentro de nós. G.I Joe: The Rise of the Cobra é definitivamente um deles. Não que tenha algo contra os action figures, pois cativam imensa malta nova, e criam um imaginário em cada criança, e não só.
Nunca fui um apaixonado de action figures, pelo menos os de super-heróis, mas reconheço que G.I. Joe sempre foi aquele em que mais sentia que havia acção, defesa contra o mal e armas tecnológicas. Claro que tudo isto de uma perspectiva completamente imaginária.
Com o lançamento do filme G.I. Joe: The Rise of the Cobra, uma panóplia de novos brinquedos, jogos para telemóvel, jogos em flash e claro está um novo jogo para quase todas as plataformas do mercado. É caso para dizer que o imaginário criado pela Hasbro entra com toda a força neste mês de Agosto, principalmente no mercado norte americano, onde existe uma maior legião fãs.
Mas como qualquer outro jogo baseado num filme(sim isto é quase cliché), irei sempre o receber com um pé bem seguro, para que não caia. Ok, sim cai neste jogo. Tudo aquilo que imaginámos que não pode, e que em termos técnicos ou escolhas no desenho dos níveis, das opções de câmara nunca deveria existir, em G.I. Joe: The Rise of the Cobra, tudo existe e parece que foi lá colocado de propósito, tal é a evidencia de erro.
G.I. Joe: The Rise of the Cobra é um TPS, com a câmara localizada a uma distância ridícula, mas permitindo obter um plano geral da acção. Podemos jogar em modo cooperativo, permitindo que uma pessoa amiga possa nos ajudar nesta demanda pela paz. Espero que o vosso amigo seja melhor que o amigo virtual, pois senão passam a maior parte das vezes a tentar compreender o que está dentro daquela cabeça. Assim em suma é um shooter enérgico e sempre com cadência para a acção e destruição. É do tipo herói mata tudo, onde faz lembrar levemente o saudoso Commando, embora saído à mais de 20 anos seja de longe muito melhor.
Comecemos pela escolha das câmaras. Pessoalmente ainda não consegui perceber se quem criou o jogo alguma vez o jogou, pois chegarmos ao ponto de ter que disparar contra inimigos que estão depois de uma curva, sem os vermos é no mínimo ridículo. Tudo isto acontece porque está demasiado longe da personagem. O mesmo acontece quando algum inimigo ficou para trás e tentamos voltar para o matar. Ou seja, não, a câmara não dá a volta e se localiza atrás de nós, mas a personagem vem ao nosso encontro, tornando a jogabilidade confusa, estranha e acima de tudo irritante.
Graficamente, é tudo aquilo que já vimos há séculos atrás. Não existe qualquer razão para vangloriar, para tentar compreender ou apenas dizer que gráficos não é tudo. Aqui tudo é mau. Desde as texturas, ao desenho das personagens, às armas, às explosões, e acima de tudo o meio ao nosso redor como um todo. Nem as zonas interiores escapam. Já para não falar das animações das personagens, que têm falta de agilidade e eficácia, tornando mais uma vez o jogo irritante para se jogar.
Como é um jogo virado para a acção, a música é sempre a bombar, de forma frenética, como se fosse introduzido um alucinogéno nos bits do jogo. No início dá um certo ambiente, mas passado algum tempo, queremos apenas sossegar os nossos ouvidos de tamanho barulho. Os níveis são sempre em formato montanha russa, de checkpoint a checkpoint. Mas aviso já, que se morrermos num nível com 3 checkpoints já feitos, voltamos a começar do início do nível. O que me leva a perguntar, "Será que alguém, me sabe explicar o que é um checkpoint?"
Foi introduzido um sistema de cover, onde apenas pressionando o X(PS3) ou A(Xbox360) ficamos colados numa protecção, um pouco como Gears of War(como me custou meter Gears neste artigo). Até aqui tudo bem, mas para nossa surpresa, o nosso personagem raras não são as vezes em que fica de fora com o corpo, principalmente o seu tronco. No início fiquei assustado e corria em busca de protecção, mas afinal não importa pois se estamos em modo cover, ficamos protegidos. Confusos? Também eu.
Para colmatar a monotonia de sempre estarmos a fazer o mesmo, por vezes aparecem bosses, uns maiores que os outros, com enormes armas, e a disparar para tudo que se mexe. Agora criem um quadro mental, peguem em tudo o que disse, e metam a jogar contra um boss que quase nem o conseguem ver ou de onde dispara. Qual a sensação?
Como já repararam não gostei do jogo, não que tenha algo contra a temática, mas porque simplesmente é algo a evitar. Logo no início somos informados que estes militares altamente treinados não existem para o mundo. Apenas pergunto, porque então apareceram?