God of War Ascension - Análise ao trailer
O que tem Kratos para nos contar agora?
Depois de uma semana de especulações e rumores, sendo opinião geral entre comunidade que inevitavelmente ia dar a um novo jogo sobre Kratos, a Sony decidiu confirmar no aguardado dia 19 de Abril um novo God of War. Mais do que confirmar as expetativas dos fervorosos fãs, a Sony deixava mesmo antes do anúncio uma questão importante, onde se iria colocar em termos temporais na sua linha este novo jogo? Esta era uma das questões mais interessantes e intrigantes e com o vídeo de apresentação ficamos com algumas respostas, mas também ficamos com algumas perguntas por fazer.
Mais importante é que temos mesmo um novo God of War a caminho e ao contrário do que se especulava não vai ter um número e não vai sair numa portátil. Este novo jogo marca o regresso de Kratos à PlayStation 3 e descarta o IV em favor do subtítulo Ascencion, recebendo assim pela primeira vez um subtítulo num jogo para consolas caseiras. Perante o vídeo de apresentação ficamos mais do que curiosos e decidimos voltar a vê-lo para tentar descortinar algo que tenha passado despercebido. Tendo em conta que a SCE aclama este como já sendo o jogo mais ambicioso de sempre na série, não é de estranhar que as atenções fiquem mais do que conquistadas.
Quando o trailer começa a voz que ouvimos é imediatamente familiar, é a tradicional narradora de todos os jogos God of War, o que quer dizer que temos a Linda Hunt novamente a cumprir uma função que sempre foi sua. Isto é altamente importante, talvez mais do que alguns possam considerar, pois mantém não só uma sensação de familiaridade como também nos mantém dentro dos padrões a que estamos habituados. Por outro lado a qualidade destes momentos fica desde já assegurada.
Hunt, aqui como narradora, começa por dizer que "Muitos conhecem a lenda de Kratos, o mortal que se tornou deus e que derrubou os próprios muros do Olimpo," uma bela forma de sumarizar todo o percurso furioso de Kratos. Enquanto isto vemos o que parecem ser gotas de sangue a cair pelo ecrã, mas não temos qualquer indicação de onde estamos ou até do que estamos realmente a ver.
"Ascencion deverá levar-nos para eventos que decorreram antes daqueles vistos por Kratos quando visita o seu passado em Ghost of Sparta."
A narração segue dizendo-nos "Mas houve uma altura antes de Kratos se ter tornado no Fantasma de Esparta..." enquanto a câmara se afasta e revela que estamos mesmo a ver gotas de sangue que caem de Kratos, que é então agora revelado. Caso houvessem quaisquer dúvidas, por mais pequenas e remotas que fossem, Ascension tem como protagonista a icónica figura que é Kratos. Também importante é a frase em si da narradora pois mais do que fazer referência direta a um jogo na série, Ghost of Sparta para a PSP, indica o tal importante ponto na linha temporal.
Ascencion deverá levar-nos para eventos que decorreram antes daqueles vistos por Kratos quando visita o seu passado em Ghost of Sparta. Tendo em conta o final de God of War III, uma prequela poderá ser facilmente compreendida e poderá deixar espaço para toda uma nova trilogia com novos inimigos e novas histórias, ou então simplesmente servir de porta para um God of War numerado no "futuro" da série, no qual Kratos poderá de alguma forma regressar.
"Uma altura na qual outra coisa que não a raiva o consumia..." continua a narradora enquanto ao bom estilo da série a perspetiva se afasta para dar uma visão mais abrangente da situação e o ritmo sobe à procura da escala épica. Agora vemos Kratos aprisionado por correntes enquanto o que parecem ser os possíveis inimigos e vilões principais de Ascension o atacam.
Primeiro temos uma mulher que lança uma ataque que acaba por se revelar como Medusa, a famosa figura da mitologia Grega e da série, com as características serpentes a chegarem perigosamente perto de Kratos, e em seguida temos Cerberus, o famoso guardião das portas do inferno. Isto pode sugerir um confronto épico com um boss, como também pode significar um regresso da personagem ao território de Hades.
"Algo que pode sugerir que vamos continuar a ter um jogo no qual a personalidade e os conflitos internos de Kratos vão ser continuadamente explorados e que a sua perceção da realidade vai continuar singular."
"Uma altura na qual apesar da loucura que o afligia, Kratos iria libertar o seu sangue por um deus injusto..." indica a narração confirmando mesmo que vamos ter eventos antes do momento que é provavelmente o mais importante em toda a série God of War, quando Ares engana Kratos e este mata a sua própria mulher. Um elemento curioso é quando a narração menciona o termo loucura e Cerburus desfaz-se e o "fumo" transforma-se na mulher de Kratos. Algo que pode sugerir que vamos continuar a ter um jogo no qual a personalidade e os conflitos internos de Kratos vão ser continuadamente explorados e que a sua perceção da realidade vai continuar singular.
Essa falha do momento é representado no trailer e vemos mesmo uma representação da morte da sua mulher e depois o sangue jorrado age como se fosse uma corrente e aprisiona Kratos. Talvez uma forma de representar os sentimentos de Kratos e que aquele infeliz acontecimento o marcar para todo o sempre e que dele é prisioneiro. Um acontecimento que não só marca toda a história da série, como vai estar ligado de perto a este novo Ascencion.
"Uma altura na qual não mais iria estar aprisionado em sangue," diz-nos por fim a narradora enquanto Kratos olha enraivecido para a câmara e usa as suas correntes num ataque que logo faz lembrar os seus conhecidos ataques com as suas Blades of Athena e similares, nos jogos da série. Temos então o confirmar de God of Wars: Ascension como nome, novamente em produção pelos estúdios Sony Santa Monica.
Mais informações são esperadas a 30 de abril e já foi confirmado oficialmente que Todd Papy é o diretor do jogo, que entre outros trabalhou como designer principal em God of War III, que está a ser desenvolvido pela Sony Santa Monica Studios.