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God of War II: Divine Retribution

Combates aéreos os nossos adversários são goblins em grifos que farão frente á agilidade do nosso cavalo alado, contemplando-nos com movimentos interessantes onde durante as sequências, podemos aniquilar os goblins e posteriormente cortar as asas ás criaturas mitológicas. Deveras divertido, pois dá a esta sequela uma nova faceta, que não os violentos combates em terra firme. De realçar que cada adversário tem inúmeros ataques inferidos, visto que o quadrado, círculo, triângulo e X representarem diversos confrontos e animações.

Os cenários são um dos trunfos do jogo pois tornam-se gigantes aos longe e nos maravilha a vista de perto, surgindo a sensação que somos imensamente pequeninos. Estes cenários são igualmente interessantes, já que neles observamos áreas em que estaremos mais tarde, não confundido o jogador. Um remodelado motor de jogo, do qual derivam uns efeitos visuais quase de nova geração, elevam o hardware da PlayStation 2 ao máximo, continuando a permitir que Kratos siga o seu caminho com fluidez e sem paragens de imagem, apenas observando raramente uma pequena falha como um virar de páginas num livro durante muito movimento no ecrã, mas apenas isso, nada que se revele muito aborrecido. Maior parte dos puzzles são fáceis de conseguir ultrapassar, visto apenas ser preciso olhar para o cenário e pensar um pouco. Chaves, blocos ou outros objectos para empurrar, alavancas, abrir baús, subir escadas, o que já estamos habituados serão uma constante. Uma das novidades em relação ao cenário é Kratos poder balançar-se, sobre um ponto fixo, para conseguir terrenos mais elevados ou escapar a ravinas, isto de uma forma muito porreira, nada igual ao que estamos habituados em jogos semelhantes. E tudo muito detalhado. Podemos igualmente pegar em corpos defuntos e usá-los para abrir portas, transportando estes até ao sítio pretendido.

Em relação ao som, a banda sonora do jogo é algo semelhante á do primeiro embora renovada, mas temos temas mais rítmicos, que ecoam durante as nossas batalhas. Gerard K. Marino, Mike Reagan, Ron Fish ou Chris Velasco, são alguns dos compositores destes temas épicos para God of War II. Estão presentes no jogo trinta e um temas. Os diálogos e narração são outra constante no jogo e demonstrados com o tom de voz certo, que aplicados nas diversas situações, originam um ambiente mitológico fascinante. Muitos são os actores que dão a voz ás personagens, alguns já com muitas contribuições no universo virtual.

Em termos de longevidade este é um jogo que não demorará mais de cerca 16 horas a passar por completo. No modo fácil é mesmo capaz de alcançar o mínimo de oito horas ou menos, mas graças aos extras que possui, torna-se um pouco mais longo, pois temos o Challenge Of The Titans, que consiste em sete desafios um tanto complicados (onde poderemos agora guardar o progresso)...existe também a Arena Of The Fates parecido ao anterior mas mais á base dos skills; do nosso personagem. Um roupeiro alternativo servirá para dar um outro ar ao jogo assim como terminar o jogo numa dificuldade mais elevada nos dará essas fatiotas novas e novos conteúdos. Mas com tudo isto será ainda um jogo pequeno, porque com a qualidade deste; o jogador poderá sentir-se decepcionado após o terminar, querendo continuar por muitas mais horas. Para continuarem a usufruir da ira de Kratos pelos deuses, terão de ser já possuidores de uma PS3, pois para desenvolver um futuro GoW3 para PS2, seria estar a limitar a terceira aventura na PS3, não lhe dando o devido valor por isso se ainda não têm a consola e são fãs da mitologia grega, comecem a poupar trocos, embora um novo jogo seja apenas lançado daqui a um ou dois anos. A mensagem The End Begins surge após terminar o jogo.

Para finalizar, não iria estragar o primeiro título dizendo que a sequela está fenomenal, pois ambos têm o mesmo potencial, embora como sequela, God of War II tenha os trunfos que um jogo deste tipo necessita, felicitando os estúdios de Santa Mónica, pois conseguiram superar o primeiro título com mérito, surpreendendo de novo os jogadores. Com uma jogabilidade espantosa em cenários amplos, acompanhados com efeitos sonoros grandiosos, e muito, muito sangue talvez seja aquilo que a PlayStation 2 precisava para se despedir em beleza e dar o lugar á sua sucessora na geração seguinte. Com o jogo a vender milhões de exemplares no estrangeiro e agora já á venda na Europa, será caso para dizer: “Zeus, your days are numbered!” com toda a certeza e mais alguma.

9 / 10

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