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God of War Ragnarök chega ao PC com um desempenho impecável

Adaptação exemplar adaptada a qualquer máquina.

God of War Ragnarök, anteriormente exclusivo da PlayStation, chegou finalmente ao PC, trazendo uma série de melhorias gráficas e caraterísticas específicas para a nova plataforma. Numa entrevista concedida ao Eurogamer, Matt DeWald, produtor principal do estúdio original da Sony Santa Monica, e Steve Tolin, diretor técnico da Jetpack Interactive, falaram sobre o processo de adaptação do jogo para PC.

O projeto de adaptação começou há cerca de 18 a 24 meses, de acordo com DeWald. Durante a produção, a equipa concentrou-se em atualizar o motor gráfico do jogo para a tecnologia DirectX 12, que proporciona melhor desempenho e escalabilidade em comparação com a versão anterior, DirectX 11. A transição para o DX12 foi fundamental para tirar partido de novas funcionalidades, como o Shader Model 6 e a tecnologia DX12 Ultimate, que, segundo Tolin, foi essencial para gerir os recursos de forma eficiente e proporcionar uma experiência otimizada aos jogadores do PC.

Um dos principais desafios enfrentados pelas produtoras foi evitar o problema comum de stutter ao compilar shaders para jogos no PC. Para tal, a equipa optou por gerar os shaders antecipadamente, em vez de acumular informação durante os testes de qualidade. De acordo com Tolin, este processo demorou algum tempo, mas foi fundamental para garantir uma jogabilidade suave e sem interrupções.

Outra questão técnica abordada foi a gestão dos ativos do jogo e a utilização da VRAM nas placas gráficas dos jogadores. A versão para a PlayStation 5 já exige uma utilização elevada de VRAM, e a equipa trabalhou para garantir que o jogo pudesse ser escalado de forma eficiente entre GPUs com diferentes capacidades, de 6 GB a 24 GB ou mais. Isto, de acordo com Tolin, foi feito com a intenção de tornar o jogo “um bom habitante do PC”, garantindo que se adapta de forma inteligente ao hardware disponível.

Além disso, a compressão e descompressão de ficheiros no PC também foi um desafio, uma vez que a plataforma não possui hardware dedicado para estas tarefas, ao contrário das consolas. De acordo com DeWald, a solução encontrada foi optar por ocupar mais espaço no disco, que é relativamente económico, em vez de comprometer o desempenho do jogo.

A adaptação de God of War Ragnarök também incluiu a introdução de novos formatos de ecrã, como o formato 32:9, popular entre os jogadores PC que utilizam monitores ultrawide. Isto exigiu um grande trabalho adicional na animação e cinematografia do jogo, uma vez que muitas cenas foram inicialmente concebidas para um campo de visão mais limitado.

DeWald salientou que, apesar do trabalho técnico exigente, foi uma experiência gratificante trabalhar num jogo que já tinha uma base sólida. Elogiou a colaboração entre a Jetpack Interactive e a Sony Santa Monica, especialmente tendo em conta que a equipa de produção era relativamente pequena, com apenas quatro engenheiros da Jetpack a trabalhar na versão para PC.

Esta versão de God of War Ragnarök alarga a experiência do jogo a um novo público, dando aos jogadores do PC a oportunidade de explorar um dos títulos mais aplaudidos da Sony com um desempenho adaptado às capacidades da plataforma.

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