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Golden Axe: Beast Rider

Desenterrar o passado.

Um dos piores pontos do jogo prende-se com a colocação dos “savepoints”, ou melhor, como não estão colocados. Ao longo da nossa aventura a dificuldade vai sendo cada vez maior, e por isso as mortes podem ser constantes. Quando matamos certos opositores, podemos ganhar estátuas com parte da alma do titã, que nos permite ressuscitar. O problema é que estas são bastante raras, e se, quando morrermos, não tivermos nenhuma no nosso inventário, então teremos de recomeçar todo o nível do princípio. E não estamos a falar de algo como cinco minutos. Às vezes temos que passar secções de novo que demoram algo como meia hora a completar. Sem dúvida que é um daqueles momentos em que apetece pegar na consola e atirá-la pela janela fora!

Como o nome do jogo indica, a nossa personagem pode “cavalgar” por entre os cenários com uma das cinco bestas disponíveis. Estas podem ser encontradas nas mais variadas partes dos cenários, em estruturas de pedra. Infelizmente, nem esta opção foi bem implementada no jogo. Os animais mexem-se bastante mal, e por vezes torna-se difícil efectuar um ataque com sucesso. Além disso, será frequente sermos atirados para fora da besta devido a uma investida inimiga. Como os opositores não são burros, também eles podem montar as possantes criaturas e acabar mais facilmente connosco.

Golden Axe tem um ambiente que gira em torno de zonas tribais, florestas, desertos, e imponentes castelos, mas nem a componente gráfica é digna de destaque. As texturas são bastante fracas, assim como os modelos. Além disso, a folhagem mexe-se de forma irrealista, e os objectos de madeira, como caixas, não são destrutíveis.

O machado, que dá nome ao título, deveria ter um papel mais importante na acção do jogo, apesar de o ter na história, já que temos de recuperar as várias peças deste, mas no jogo a única utilidade que tem é para partir estátuas.

Beast Rider, tirando os cenários e os inimigos cada vez mais fortes, é igual do princípio ao fim. Temos secções fechadas onde temos de matar vários inimigos, partir estátuas ou acender tochas para passar para a próxima secção e repetir tudo de novo. Quando acabamos uma delas, é-nos apresentado um ecrã com a nossa pontuação. Esta é atribuída tendo em conta os golpes que sofremos, os desmembramentos, o modo de dificuldade, o tempo de jogo, entre outras coisas. Se formos bem sucedidos até podemos ganhar novas armas, armaduras, assim como cenários, para jogar nos outros modos disponíveis.

Pelo vídeo até parecia um título promissor

Além de tudo o que já foi dito, existem ainda outros problemas, relacionados com a câmara, com o machado, que prefere apontar automaticamente para alvos mais distantes, a personagem que fica presa em relevos mínimos, ou os ocasionais “slowdowns”. O áudio também não é algo que mereça destaque. A banda sonora é aceitável, assim como as vozes das personagens, mas este é sem dúvida um ponto que deveria ter tido uma maior atenção.

Além do modo história, temos à disposição o Challenge Mode, onde podemos repetir os níveis para melhorar a pontuação; o Trials of Tyris, arenas onde temos de lutar contra hordas de inimigos (também tirado do modo história); e o Bonus Feature, com as “cutscenes” do jogo.

Sejamos honestos, Golden Axe: Beast Rider não é um bom jogo. Não nos passa pela cabeça recomendá-lo a alguém, principalmente porque existem no mercado títulos bastante melhores. Os fãs do velho clássico, esses, esqueçam o facto de que alguma vez foi produzido este Beast Rider.

4 / 10

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