EA Sports Grand Slam Tennis

Sendo Grand Slam Tennis um dos primeiros jogos a fazer uso do Wii motion plus (o jogo é vendido juntamente com o acessório) a EA acabou por patrocinar um arrojado desafio. Abeirando-se da maior precisão e variedade de movimentos teria de haver um ponto onde realismo e realidade virtual se guiam pelos mesmos trâmites, nomeadamente a força necessária para uma forehand atirar uma bola para fora ou dentro do limite da linha. John McEnroe é o primeiro que revela toda a frustração das bolas atiradas para fora do campo, mas convosco a situação pode não ser muito diferente, especialmente nos primeiros tempos, mais custosos e que põem à prova uma curva de aprendizagem mais severa.

Infelizmente ficou de fora um quadro de princípios básicos a aprender através da execução prática dos movimentos. Com Virtua Tennis 2009 podiam fazer isso, mas em Grand Slam terão de aprender a dominar e perceber a movimentação através dos jogos, com muitas derrotas pelo meio até descobrirem um segredo. É que o vosso tenista efectua um pré-movimento consoante a bola lhe seja enviada para a direita (backhand) ou esquerda (forehand). A dificuldade é que muitas vezes o espaço de reacção é curto pelo que a margem de erro aumenta, especialmente quando jogam contra os grandes atletas. Mas no caso do movimento antecipado ainda que invertam a ordem, estranhamente o atleta como que rodopia e devolve a bola na direcção do adversário.

Depois de dominarem o sentido de antecipação do tenista poderão mais facilmente enviar a bola para a zona pretendida, sendo que o Wii motion plus cuida de reconhecer a direcção da batida e grau de intensidade abrindo o jogo a uma experiência bastante dinâmica, fluida, mas também exigente. E não faltarão momentos de extremo gozo quando sentem que estão a atirar para o fundo do court bolas rápidas, devolvidas do mesmo modo (nem o computador quer perder a sério) e o jogo fica ali dividido, num impasse até que um erro vosso ocorre. Seja porque fecharam muito o ângulo, seja porque o computador reconheceu a força em demasia do movimento, há muitas situações de elevada frustração. Quase sempre o tenista cumpre na perfeição os movimentos solicitados, mas atenção ao tempo para efectuar a manobra e à forma como efectuam o gesto. Um movimento mais ao largo e deslocado pode originar que a bola seja enviada outra vez para junto do vosso adversário quando afinal a vossa intenção era colher o ponto por terem atirado uma bola através de slice para o espaço desguarnecido.

O atirador de bolas automático ajuda à prática da generalidade dos movimentos, mas só com muita insistência e prática começarão a entrar dentro das regras do jogo que não deixa de ser exigente na dificuldade normal, sobretudo se quiserem colher o ceptro em Wimbledon ou Roland Garros.

À semelhança de Virtua Tennis 2009 o Nunchuck volta a ser um acessório opcional, sendo, porém, aconselhado só em situações excepcionais. Quase sempre o controlo automático do atleta é adequado. A opção manual gera alguma confusão já que enfrentam o problema de lidar com dois âmbitos de concentração e coordenação distintos, pelo que se arriscarem o mais fácil é dar mau resultado.

Quanto aos golpes básicos poderão realizá-los sob a forma de topspin, flats e slices que tendem a facilitar a profusão do jogo pelo fundo do court ou junto à rede. Além disso e quando o risco assim dita também podem efectuar lobs e drops, consoante façam pressão nos botões A ou B durante a execução do movimento.

As partidas online ou para múltiplos jogadores locais (até um máximo de quatro se jogarem aos pares) promovem um outro tanto de diversão, especialmente pelos vários jogos colectivos acrescentados para aumentar a diversão como o rei do court, tag team, net master, drop and lob, entre outros. No caso das partidas em rede há um ranking individual, mas também das nações, pelo que podem sempre dar uma força à nação das quinas.