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Grand Theft Auto: Chinatown Wars

Liberty City de bolso.

As missões são desafiantes (com algumas realmente complicadas) e geralmente curtas, mas o jogo nunca se torna exasperante pois é sempre possível reiniciar uma missão logo após a falhar carregando no botão SELECT, e é também possível activar um "save" automático após concluir cada missão (poupando assim a viagem a uma casa segura para gravar), ideal para a vertente “portátil” deste jogo.

Além das missões que contam a história de Huang, existe variadas missões opcionais, como, por exemplo, corridas, rampages (missões em que a carnificina é a palavra de ordem) e a já emblemática possibilidade de ser taxista, polícia, bombeiro ou paramédico. Muitas das missões opcionais atribuem medalhas de ouro, prata ou cobre conforme o desempenho, um incentivo extra para as repetir com brio.

Uma das mais substanciais componentes do jogo acaba por ser o tráfico de droga. Existem dezenas de traficantes espalhados pela cidade, que regra geral vendem um produto barato e procuram outro a um preço acima do de mercado. Juntem a isto a ocasional ocorrência de um traficante estar à procura de se desfazer de todo o seu “material” a preços reduzidos ou de um outro estar desesperado para comprar um determinado estupefaciente, e circular pela cidade à procura dos melhores preços de compra e venda rapidamente se torna em si um jogo viciante, sendo de elogiar o interface do mesmo.

Não parece, mas o jogo tem excelente aspecto em movimento.

Espalhadas pela cidade estão câmaras de segurança. Destruí-las diminui o valor da droga (visto que se torna mais fácil traficar) mas confere outras recompensas, como eliminar o risco de ser apanhado a traficar pela policia. Mais um elemento a ter em conta. Liberty City está agora reduzida a duas ilhas (e, pessoalmente, não senti a falta da terceira) pois trata-se de uma extensão enorme - coberta de todo o tipo de veículos (carros, motas ou barcos) e locais - mais que suficiente para albergar as inúmeras missões que o jogo oferece.

É difícil não reparar que enquanto homenagem e retorno a um ilustre passado, Chinatown Wars leva a franquia Grand Theft Auto em frente, com inovações cuja integração em jogos futuros será mais que certa. Uma dessas inovações é uma nova forma de reduzir a atenção policial. O número de carros que abalroamos/incapacitamos contribuem para reduzir o número de “estrelas”. Assim as perseguições são muito satisfatórias, pois manobras em que, por exemplo, deixamos os carros da polícia enfaixados em obstáculos contribuem activamente para nos evadirmos.

A banda sonora é variada (devidamente dividida por estações de rádio), mas a quantidade é indiscutivelmente reduzida, nada de inesperado face às limitações da Nintendo DS. Já a nível de efeitos sonoros o jogo é irrepreensível.

É também dada a possibilidade de voltar a jogar todas as missões que já passámos, agora cronometradas e cuidadosamente organizadas num menu próprio, além de modos para dois jogadores por ligação wireless local. A Nintendo Wi-Fi Connection apenas permite enviar localizações interessantes a quem lá esteja ligado e trocar droga com outras pessoas.

Chinatown Wars é então recompensado com a nota mais alta, por, além de ser uma experiência em si extremamente competente e, essencialmente, divertida; conseguir levar as potencialidades da consola onde é oferecida a um índice de aproveitamento elevadíssimo. Tudo isto aliado a uma duração que ultrapassa várias dezenas de horas, entre missões, desafios e exploração.

10 / 10

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