Grandes editoras ainda consideram a E3 relevante
Mas poderá ter que mudar o actual modelo.
A E3 2016 fica marcada, entre muitas outras coisas, pela ausência da Electronic Arts, Activision, Blizzard, Disney e Wargaming dos stands principais, quando anteriormente sempre marcaram presença e com amplos espaços reservados para os seus jogos.
A EA, que transferiu o seu espaço para outra zona, acredita na importância da E3, mesmo que a mudança de planos se deva à necessidade de ir ao encontro dos interesses do jogador.
Laura Miele, directora da distribuição global, refere que "vi imensas mudanças na indústria e na companhia. (...) Eu adoro o evento no qual a indústria se reúne e muito ainda pode ser feito nesse sentido. Com o EA Play, convidamos os jogadores e assim eles podem apreciar os nossos produtos. Encaramos isto como um complemento à E3. Estamos na porta ao lado, colaboramos com eles"
No mesmo sentido Alain Corre, director executivo da EMEA, da Ubisoft, concorda que a indústria beneficia em ter um local onde seja possível o encontro: "a E3 é um grande ponto de encontro para a indústria, porque toda a gente tem a sua agenda e sabemos que haverá imensas notícias. (...) Talvez a E3 tenha que ser reinventada, talvez tenhamos que nos adaptar ao novo paradigma no qual os fãs estão omnipresentes e todos trabalham no sentido de os deixar felizes."
Strauss Zelnick, CEO da Take-Two reconhece que a E3 "ainda é o evento mais importante sobre videojogos", mas também percebe porque a concorrência esteja a fazer algo diferente: "se não há muito a falar é compreensível que não queiras investir".
Os stands na E3 são caríssimos "mas vale a pena fazer o evento", sublinhou Zelnick, destacando a importância da imprensa no evento: "ainda nos interessamos pelos media e em publicidade para os nossos consumidores".