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Kat vai para a PS4 desafiar a gravidade

Paris trouxe para a Europa Gravity Rush 2.

Aqui no Paris Games Week, a SCEE fez questão de trazer o seu Gravity Rush 2 para a PlayStation 4. Graças a uma apresentação à porta fechada, conseguimos descobrir um pouco mais sobre esta sequela do encantador original da PS Vita, que também terá direito a uma versão Remaster na mais recente consola da Sony. Gravity Rush 2 será lançado unicamente na PS4, para o futuro ficam incógnitas e esperanças de uma versão portátil, e o mais importante é que assim fica impedido que a Sony cometesse o crime de deixar no esquecimento está propriedade intelectual tão encantadora.

A apresentação começou logo por abordar as mecânicas de jogo. Embalados pelo vídeo que todos conseguiram ver em directo na conferência, foram explicadas em mais detalhe as principais funcionalidades do gameplay. Tal como revelado na conferência, foi explicado que podemos alternar entre três sistemas de combate diferentes sem grandes complicações, uma das grandes novidades da sequela. Foi a principal forma que o estúdio encontrou para evoluir o sistema na transição para o grande ecrã. Kat poderá alternar entre estilos diferentes de manipulação de gravidade que abrem as portas a novas mecânicas nos combates.

O primeiro exemplo dado foi o estilo lunar que reduz a pressão exercida pela gravidade. O Lunar Style permite que Kat se mova de forma mais rápida pois a gravidade é alterada para que o seu corpo se possa mover com maior liberdade. Pressionando o painel táctil no DualShock 4, Kat aplica golpes específicos deste estilo, cobrindo de forma muito mais rápida as distâncias que a separam dos seus alvos. Kat fica mesmo mais ágil e a equipa fez questão que estas alterações sejam sentidas pelo jogador. É altamente importante que a profundidade dos combates seja enriquecida através destes diferentes estilos.

Se o lado lunar nos torna mais leves e mais ágeis, já o estilo de Júpiter nos permite obter mais força em troca de movimento mais lento. Quase como se fosse o tradicional tanque que já vimos em vários outros jogos que permitem alternar entre estilos de combate. Este Jupiter Style, onde o seu corpo mais pesado permite que os seus ataques sejam mais fortes abre portas a mais uma forma de enfrentar as situações e caberá ao jogador decidir de qual mais gosta para combater. No entanto, alguns inimigos vão mesmo obrigar o jogador a usar um estilo específico.

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Os programadores insistem que será preciso alternar entre os diversos estilos para libertar com maior velocidade e eficácia a cidade destas criaturas malvadas. Na pequena demonstração extra a que tivemos acesso, não foi possível jogar, vimos a cidade vibrante ser invadida pelas criaturas, sendo necessário ataques em pontos específicos e o recurso a estilos específicos facilitava o confronto. O Sony Japan Studios afirma que a sensação é precisamente a que tivemos em Gravity Rush na Vita mas com pequenas derivações para enriquecer a experiência. Não pareceu de forma alguma uma inovação mas um passo quase obrigatório para evitar a simplicidade do original.

Ainda a respeito do sistema de combate, foi introduzida Raven, a antagonista do original, para que fosse explicado o seu papel nesta sequela e como isso irá interferir com o papel do jogador. Raven é agora uma fiel companheira de Kat e nesta apresentação foi possível vê-la a ajudar a derrotar inimigos. Em certo momento, a mulher de cabelos escuros ajudou a protagonista a limpar bosses de maior envergadura. Rapidamente foi possível constatar que Raven nem sempre está abrangida pela perspectiva que a câmara nos dá mas os produtores asseguram que ela está sempre a atacar o inimigo. O foco em Kat não permite que Raven seja visível em todos os instantes mas tal será provavelmente inevitável para não complicar o trabalho do sistema de câmara.

Foram mostradas diversas mecânicas que elevam a jogabilidade acima do que tivemos no primeiro e isso é o mínimo que se poderia pedir, apesar de não ter sido mostrado nada que radicalmente altere o que se conhecia de Gravity Rush. Apesar de ser altamente reminescente do original, o sistema de combate evoluiu e o stasis throw é uma das mecânicas que procura aprofundar o gameplay. Tudo feito de forma a permitir que o jogo tenha um ritmo mais dinâmico e melhor enquadrado com os padrões de um jogo para uma consola caseira.

Claro que Raven e a oportunidade de jogar com ela é uma das grandes novidades desta sequela mas o SCE Japan Studio confirmou uma novidade também interessante. Nesta demonstração apenas vimos Raven a ajudar Kat mas foi confirmado que teremos mais personagens com as quais poderemos jogar. Não foram divulgadas mais novidades a este respeito, nem sequer foram dados nomes, mas ficamos a saber que será possível jogar com mais personagens e ficamos curiosos para saber se isto refere-se somente a um sistema de companheiros ou a personagens que poderemos mesmo controlar.

Convém referir que esta demonstração foi apresentada com legendas em inglês, com as vozes originais a saírem das colunas. É uma boa notícia para todos os que adoram o trabalho dos actores originais mas que podiam temer de alguma forma quaisquer atrasos. Não parece que vá acontecer pois a Sony parece estar a localizar o jogo enquanto o desenvolve. Ainda a respeito de boas notícias, os programadores referiram que o jogo terá muitos conteúdos, de forma que não precisará de episódios adicionais como o original. Foi mesmo referido que desenharem a sequela para uma consola caseira, tiveram desde logo que pensar numa envergadura superior à do original lançado na PS Vita.

A respeito de aumento de conteúdos, foi partilhado que existem muitas mais missões e que o mapa de jogo é muito maior que o jogo que em breve será lançado em versão HD. A história será maior, os bosses serão maiores, as missões secundárias serão em maior número, teremos mais desafios opcionais, muitos mais troféus, mais formas de interagir com a cidade. Gravity Rush 2 promete ser duas coisas numa só: uma sequela e um jogo que passa de um sistema portátil para um caseiro. Ao longo da demonstração foi possível atestar a qualidade gráfica, em estilo cel-shaded, que vibra agora com muito maior espectacularidade e ainda mais pontos de interacção com a cidade.

Em jeito de notal final, foi confirmado que está a ser estudada a possibilidade de Gravity Rush 2 ter mais modos do que o que os fãs esperam, apesar de nada ter sido anunciado. Não sabemos que tipo de modos podem estar a ser equacionados mas certamente desejamos que Raven, tal como os outros personagens, estejam disponíveis para o jogador controlar e não como meros companheiros. Um modo missões ou até um modo cooperativo podiam dar uma frescura à experiência.

A respeito da possibilidade de interagir com outros jogadores, ficou confirmado que existirá uma componente on-line. O director do jogo referiu que será possível jogar com os nossos amigos mas preferiu deixar para mais tarde os detalhes concretos. Por enquanto fica confirmado que o jogo terá elementos e modos online. Como referi, um modo cooperativo seria bem entusiasmante mas ocasionalmente os produtores Japoneses tendem a considerar tabelas de pontuação e quadro de estatísticas online de uma forma que sugere modos online propriamente ditos. Enfrentar aqueles bosses a dois parece ser incrível mas a estrutura do jogo em si poderá ditar que tal modo não é compatível. Vamos esperar.

Antes de terminar a apresentação, os programadores foram questionados sobre o futuro da propriedade na Vita e tal como a Sony já havia confirmado, nenhum estúdio seu está a trabalhar em jogos para a plataforma. Ainda assim, os produtores dizem que só o futuro o dirá mas que de momento não pensam em nada a esse respeito. Provavelmente não quiseram arriscar e riscar de vez a possibilidade, deixando a esperança de tal poder eventualmente acontecer. No entanto, devido ao crescimento que a sequela já ostenta sobre o original, não parece que tal possa acontecer. O que fica é a ideia que a fórmula que tanto encantou na portátil está a crescer de uma forma saudável e que tem agora os necessários méritos para ser um título PlayStation 4.

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