Guitar Hero:Aerosmith
"Walk This Way!!!" Não, obrigado.
O mote principal por detrás de GH:Aerosmith, é percorrer desde os inícios da banda nos anos 70, com músicas como Walk this Way, Combination, Rats In The Cellar, Sweet Emotion, e Dream On, até a um passado mais presente, com as músicas Livin' on the Edge, Love In an Elevator, e Pink. Esta evolução é passada pelos palcos, e são eles a desculpa para avançarmos no jogo. Desde o início da carreira até o estrelato, desde o palco rasca, até aos melhores estádios, e ser reconhecidos como lendas do Rock n’Roll.
Para ajudar à festa, podemos tocar covers dos Aerosmith, tais como a fantástico "She Sells Sanctuary” dos The Cult e "Sex Type Thing” pelos Stone Temple Pilots. Existem também músicas bónus, as quais iremos adquirir pelo chamado The Voult, ou loja, quando obtivermos dinheiro suficiente. De salientar nestas músicas bónus, os solos de Joe Perry, nomeadamente Mercy, que em Hard é algo de simplesmente fantástico tocar.
Outra grande falha, é a impossibilidade de podermos usar as músicas que adquirimos nas lojas virtuais, quer no Marketplace da Xbox Live, quer na PlayStation Store. Isto é deveras incompreensível, sendo já em si um jogo muito restrito, devido como é óbvio a apenas se cingir a uma banda, ainda penaliza o jogador por não o permitir adquirir mais conteúdo nas lojas virtuais.
A acção desenrola-se entre palcos e, que são cinco ao todo, onde os membros da banda vão falando um pouco de cada um e o que então se passava na altura. Isto à primeira vista parece ser interessante, mas a parca qualidade dos gráficos, na tentativa de recriar os palcos e seu publico, bem como a rapidez das conversas entre palcos, tornam o jogo no mínimo enfadonho, principalmente todos aqueles que esperavam uma maior participação dos Aerosmith no jogo.
Este deveria ser o objectivo central do jogo, captar os fãs e conseguir cativar os que conhecem pouco da sua obra, mas achamos que nem uns nem outros ficarão agradados com o resultado. Sendo uma tentativa falhada por parte da Activison e Neversoft, pois simplesmente não funciona.
Para além disso, foram deixadas de lado músicas tais como, I Don´t Want Miss a Thing, Crazy, Jani’es Got a Gun, Jaded, Crying. Um jogo que inclui apenas temas de uma banda é no mínimo impensável não ter as músicas mais conhecidas e facilmente reconhecidas pelo público. O nosso coração se despedaçou quando vimos que não podíamos rockar em Crazy.
A sensação é que GH:Aerosmith poderia bem ser um álbum virtual lançado em formato de conteúdo para download, com as melhores músicas de sempre, tal como se efectua num Greatest Hits. Este foi a primeira tentativa por parte da Activision de criar conteúdo mais dedicado dentro do franchise de Guitar Hero, mas sem qualquer sucesso. Será a falta de músicas mais recentes um pretexto de um Guitar Hero:Aerosmith 2? Ou podemos contar com elas em formato de download? Apostamos mais na segunda.