Guitar Hero II
Diversão genial
Com a primeiro jogo a tardar a chegar às lojas portuguesas, foi com agrado que recebemos este segundo jogo. Depois do extraordinário sucesso de vendas que Guitar Hero alcançou, a Red Octane/Harmonix decidiu preparar a sequela. Tal como no jogo original, aqui não usamos o DualShock 2 mas sim uma guitarra que vem já incluída. Com esta, o objectivo é simples: à medida que as notas coloridas vão aparecendo no ecrã, teremos que premir o botão da cor correspondente na guitarra e fazer “strum” simultaneamente. É com esta fórmula simples que surge um dos melhores party/music games de sempre, que oferece diversão tanto a solo como com amigos.
Todas as músicas que iremos percorrer durante a Career são covers das músicas originais, umas mais conhecidas que outras, mas todas resultam muito bem no jogo. No entanto, algumas covers pecam pela fraca fidelidade à música original, o que pode deixar alguns fãs desiludidos. No geral, a lista apresenta-nos músicas mais viradas para uma vertente rock/metal, que estão distribuídas por 8 grupos, indo do mais fácil para o mais difícil. Algumas das músicas parecem um pouco desenquadradas no contexto do grupo, mas nada de significativo ou prejudicial.
Dentro do modo Career temos 4 dificuldades (Easy, Médium, Hard e Expert). Para os principiantes, o Easy é obviamente o mais adequado, onde apenas se usam os 3 primeiros botões (verde, vermelho e amarelo), o que é uma forma de nos habituarmos a todo o funcionamento do jogo e às próprias músicas. Quando derem por vocês, estarão a evoluir rapidamente e a jogar em Hard, onde se usam todos os 5 botões. E é aqui que o verdadeiro desafio começa. Neste modo, o jogo dá-nos uma sensação incrível de estarmos mesmo a tocar numa guitarra a sério. Apenas um aviso: pensem duas vezes antes de se aventurarem em Expert…
Consoante a nossa performance em cada uma das músicas, o jogo dá-nos a percentagem de notas que acertamos, a pontuação que fizemos (que se baseia num sistema de multipliers) e o número máximo de notas seguidas que conseguimos, sem falhar nenhuma. Dependendo de todos estes factores, o jogo avaliar-nos-à em estrelas (de 3 a 5), e quanto mais conseguirmos, mais dinheiro ganhamos. Com este podemos comprar músicas bónus (há 24 ao todo), novas guitarras, novas skins para as guitarras, novos outfits para as nossas personagens e ainda alguns vídeos.
Para além do modo career, temos o Multiplayer, em que dois jogadores se podem juntar e jogar um contra outro ou experimentar o extreante modo cooperativo, onde um dos jogadores assume o papel de guitarrista a solo e o outro de baixista ou guitarrista de ritmo, dependendo das músicas. Este modo resulta extraordinariamente bem e promete muitas e muitas horas de vício.
Por fim, uma estreia que muitos agradecerão, o modo Training, onde podemos seleccionar certas partes das músicas e diminuir a sua velocidade, de forma a conseguirmos passar a secções mais complicadas quando estivermos a jogar na Career. Irão usar este modo muitas mais vezes que aquilo que podem imaginar, por isso é sem dúvida uma mais valia para esta sequela, já que no primeiro título algumas músicas tornavam-se frustrantes por termos que repeti-las demasiadas vezes para as conseguir passar. O Training vem assim tornar tudo mais acessível.
A nível da jogabilidade, a diferença mais significativa diz respeito aos hammer on’s e pull off’s, que se tornaram drasticamente mais fáceis de realizar, quando eram quase impossíveis no original. Deste modo, o realismo aumenta, assim como a diversão, porque nos dá uma certa sensação de poder e domínio da guitarra. Graficamente, embora tenha pouco interesse para o jogo em questão, cumpre bem a função e as animações estão de longe melhores que no primeiro jogo, havendo algumas bem engraçadas e muito bem conseguidas.