Guitar Hero: Warriors of Rock
Regresso a um desejado futuro.
As figuras que já conhecemos vão agora embarcar numa aventura narrada por Gene Simmons dos Kiss e como tradicionalmente temos que tocar várias músicas, de uma lista disponível, para amealhar determinado número de estrelas e assim desbloquear a versão guerreiro do personagem que vamos enfrentar. Ao vencer o confronto ganhamos acesso a essa personagem e ainda a outros extras, que vão poder ser ganhos também noutros modos de jogo, como o "Quickplay+" que regressa e o modo online.
Estes guerreiros trazem ainda características únicas que podem fazer toda a diferença nas músicas mais difíceis pois algumas podem ajudar a amealhar star power mais rapidamente enquanto outras podem ter atributos especiais na angariação de fãs. Tudo está relacionado com a sua personalidade e com o historial que lhes foi sendo desenhado ao longo dos vários jogos. Tudo muito bem elaborado e dotado da essência que ajudou a série a ganhar força.
Para desafiar o jogador e incutir uma maior vontade de continuar a tocar as músicas, não só para brilhar nas tradicionais tabelas de pontuação, a Neversoft criou todo um sistema de desafios e recompensas que vão realmente fazer a diferença. Com um sistema a lembrar outros jogos da Activision como Call of Duty, cada música tem agora objectivos específicos que nos dão acesso a novidades quando alcançados. Podem variar entre manter o star power por determinado tempo como tocar determinado número de notas sem falhar. São variados e prometem trazer para a série uma nova forma de encarar as músicas e também parecem ser uma boa forma de reforçar a longevidade, especialmente para os solitários.
Não só nos modos e nas músicas a Neversoft trabalhou, como dito anteriormente, os charts parecem mais apurados do que nunca e toda a dificuldade sente-se a todos os momentos como natural e a diversão é ajustável às vontades de cada um. Longe parecem estar os tempos de botões exagerados e estranhos, e valores de dificuldade repletos de elementos artificiais que nos deixam confusos se eram propositados ou erros de quem procurava fazer mais do que realmente sabia. Agora tudo transparece como propositado e fruto de esforço redobrado. Cada nota faz sentido e parece um jogo altamente apurado, fazendo com que a satisfação seja redobrada e a dificuldade proporcional à música.
Para além de todo um design e trabalho de arte inspirado nos valores dos guerreiros do rock e como a música é toda uma religião e os palcos são os templos e os instrumentos a via de oração, Warriors of Rock é um produto visualmente melhorado e superior a todos os que vieram antes. Melhores efeitos de luz e personagens dotadas de melhores animações são alguns dos novos pontos de destaque num aparato visual que no seu geral é superior.
Nos dias de hoje quase que não é possível falar de rock/metal e videojogos sem referir Brutal Legend e sendo que ambos os jogos partilham as mesmas inspirações, as capas dos álbuns de metal, todo o estilo de arte e palete de cores e reminiscente da obra de Tim Schafer. O certo é que assenta muito e bem. É cativante e estamos ansiosos para descobrir mais palcos, já que estes reflectem a personalidade de cada uma das personagens que os inspirou.
Guitar Hero: Warriors of Rock surpreendeu e muito pela positiva e o texto optimista parte de quem começava a perder o gosto por este tipo de jogos. A vontade por mais saiu reforçada e agora fica a entusiasmante questão: terá Warriors of Rock o que é preciso para ser o melhor da série até à data? Pelo menos figurar entre os melhores é algo praticamente já adquirido e desesperamos para descobrir tudo o que tem para nos dar.
Guitar Hero: Warriors of Rock tem lançamento marcado para 24 de Setembro na PlayStation 3, Xbox 360 e Wii.