Guitar Hero: World Tour
Socializar uma linguagem universal na sua forma videojogável.
Guitar Hero está quase de regresso e se no ano passado Legends of Rock deixou sabor a ensaio, este ano a série parece ter conseguido adaptar-se à nova direcção que o género está a tomar e agora estamos quase a receber um Guitar Hero: World Tour que mais do que um bom solo assume-se como um possível grandioso concerto. Desde que tenham uma pequena ajuda dos vossos amigos.
O processo de socialização e inovação de Guitar Hero entrou em marcha e para que tenha sucesso, a Activision preparou uma série de novidades que a integram completamente no conceito nova geração e vão tornar-se em características definidoras da série. Durante a mais do que agradável e divertida experiência que tivemos em redor do jogo, ficamos a conhecer as suas principais novidades e as suas novas características e como são várias e todas elas importantes, vamos abordar uma a uma começando pela guitarra.
Para todos os aqueles que palavra Guitar no nome do franchise é ainda o valor máximo, podem esperar uma experiência completamente melhorada e ainda várias novidades que vão fazer com que o vosso “brincar” de rockeiro se possa elevar a patamares superiores.
Muito por “culpa” da nova guitarra pois este novo periférico além de visualmente fantástico, sofreu melhorias de todo o tipo e permite que a jogabilidade e consequente satisfação seja redobrada. Mais pesada e mais robusta, esta é a guitarra com o aspecto mais real que alguma vez vimos na série e os benefícios que trazem são mais que muitos. Com uma barra de strumming maior e mais sensível, o jogo regista os nossos movimentos com mais precisão e o melhor de tudo é que os nossos movimentos são muito mais suaves. A nova barra de distorção também está maior e para além de facilitar o movimento em si, deixa de atrapalhar como antigamente e evitam ter que constantemente a recolocar. Os botões start e select também foram recolocados para perto da barra de strum e entre eles temos agora o novo botão de Star Power. Podem na mesma activar o especial executando o movimento que faziam nos anteriores mas se quiserem evitar movimentos bruscos ou se quiserem evitar uma possível falha no movimento, carregam neste novo botão e o especial activa.
Mas a grande novidade desta guitarra deverá ser mesmo o painel sensível ao toque. Em determinadas secções da música, basicamente nos solos, vão poder transitar para este painel e tocar as notas que estão interligadas por uma linha roxa com um tom mais escuro e tocá-las sem fazer strumming, só mesmo tapping. Também podem tocar estas secções com os botões normais e com strumming mas depois de se habituarem à sensação do tapping sem strumming vão ficar completamente rendidos. Eventualmente, com a prática suficiente podem simplesmente deslizar a mão pelo painel dando ainda outra forma de abordar os solos. Sem dúvida uma das principais novidades e uma das mais deliciosas funcionalidades a chegar a Guitar Hero, no que à guitarra diz respeito.
No entanto, e independentemente de como se sentirem perante ela, a bateria é a principal novidade nesta série e se deixarem, este periférico pode tornar-se num vício de um outro nível completamente diferente. Mesmo aqueles que pensam que nada querem ter haver com a bateria e que o seu sonho é ser o Slash virtual, o certo é que uma vez que experimentem, o “bichinho” que pede mais e mais da bateria vai ficar.
A bateria oferece uma experiência ainda mais exigente e precisam de maior coordenação de movimentos e a necessidade de entrar no ritmo é muito mais superior. Vão precisar de algum tempo para se habituarem à posição dos botões mas após este período de adaptação ficam perante um dos elementos que mais caracteriza este novo Guitar Hero. Caso queiram podem mesmo encarar World Tour como se de uma espécie de Drum Hero se tratasse e podem completar o modo principal com a bateria exactamente como o fazem com a guitarra.