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Hades - Primeiras impressões - O início de algo promissor

É Bastion. É Transistor. É rogue-like.

A Supergiant Games, celebrizada em jogos como Bastion e Transistor, surpreendeu os seus fãs ao anunciar o seu novo jogo nos The Game Awards deste ano - um jogo chamado Hades.

Além do anúncio surpresa, que passou ao lado de todos os rumores e olhares, a Supergiant surpreendeu ao anunciar que Hades se encontraria disponível dentro de horas, através da nova Epic Games Store em formato de acesso antecipado, uma primeira vez para a criadora de galardoados indies.

Como grandes fãs da Supergiant, não podíamos deixar passar ao lado de Hades e este Action RPG de perspectiva isométrica a lembrar Bastion apresenta desde já imensos elementos altamente promissores.

Especialmente porque a aposta num estilo rogue-like e num acesso antecipado significa que o jogo continuará a crescer e terá o potencial para se tornar num jogo vivo - ao contrário dos anteriores jogos da Supergiant.

Desde o primeiro instante, quando vimos o trailer revelação e aquela arte que deslumbrou nos anteriores jogos da Supergiant, ficamos curiosos com Hades e desde então que não o paramos de jogar e tão cedo não o queremos largar.

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"O carimbo da Supergiant é visível na arte, música, gameplay, vozes e até nos power ups."

Imagina Bastion ou Transistor, mas com uma estrutura rogue-like, onde sempre que morres és forçado a voltar ao início, para teres uma ideia do que é este Hades. A mesma metodologia, mecânicas de jogo, narrador dinâmico que frequentemente é questionado pelo protagonista, música envolvente, gameplay frenético e power ups que podem fazer a diferença estão aqui presentes para tornar Hades em mais um título de qualidade Supergiant.

Esse protagonista é Zagreus, filho de Hades e que tenta incessantemente escapar do submundo. Existe uma narrativa que é contada de forma dinâmica, sempre que morres os diálogos com os NPCs avançam e descobres mais informações, mas Zagreus quer escapar para o Monte Olimpo e até terá a ajuda de outros deuses Gregos.

Numa combinação dinâmica de dash para esquivar e ataques físicos com diversas armas para despachar diferentes monstros do submundo, Zagreus poderá ainda usar um ataque especial (relacionada com a arma que escolhes). Antes de entrar numa sala, já é visível a recompensa que ganharás ao derrotar todos os inimigos nela. Nesta fase inicial, as salas são as mesmas, mas surgem numa ordem aleatória. Frequentemente, as recompensas são Boons (habilidades ou benefícios adicionais para o dash ou ataques).

Poderás encontrar um item pertencente a Zeus e escolher entre 3 Boons diferentes - um deles é lançar um relâmpago a cada dash. Isto é apenas um exemplo de como a Supergiant mantém dinâmico o gameplay de Hades. Tratando-se de um rogue-like, estarás constantemente a morrer após percorrer os mesmos locais e enfrentar os mesmos inimigos. A sensação de evolução vem da aquisição de itens para melhorar Zagreus.

Além de chaves, poderás ganhar materiais que podes trocar com outros deuses ou usar na aquisição de benefícios - como ganhar HP uma vez ao morrer, para não reiniciar a incursão pelo submundo, aumentar o dano após o dash, recuperar mais vida ao entrar numa sala e até aumentar o dano da arma. Em algumas salas do submundo, poderás desfrutar de uma pausa e até trocar dinheiro por um Boon temporário (como ganhar uma percentagem de vida extra ao entrar numa sala).

A Supergiant apresenta uma boa visão de um rogue-like, combinando o seu gameplay e perspectiva característicos com conceitos que precisam de mecânicas fortes para evitarem a sensação de repetição. O gameplay de Hades é altamente divertido e os visuais de grande qualidade, o que combinados resultam numa experiência já forte. As bases são sólidas e consegues ver por onde poderá crescer - mais níveis, mais poderes, mais inimigos, mais Boons, mais habilidades extra, mais armas, mais locais. No entanto, o básico está dominado e é de qualidade.

Sendo este um jogo da Supergiant Games, não posso de forma alguma passar ao lado da banda sonora - fantástica e mais uma das características desta talentosa equipa. Basta escutar temas como Lament of Orpheus, No Escape ou Through Asphodel para perceber como Darren Korb misturou as sonoridades que fascinaram nos seus anteriores trabalhos com sons que associamos à Grécia. É uma excelente companhia para as tuas tentativas de escapar a este lugar verdadeiramente infernal.

As primeiras horas com Hades dão-te a sensação de jogar um jogo como Bastion ou Transistor, mas com a ideia que está apenas a começar e tem muito por onde crescer. De diversas formas, Hades já demonstra uma qualidade que parece digna de um jogo terminado, mas é fácil perceber de que formas o gameplay pode evoluir ao longo dos meses. É um jogo dotado do carisma da Supergiant, que te desperta curiosidade da mesma forma que Transistor e te prende com o seu charme tal como Bastion ou Pyre. Vamos continuar a jogar Hades ao longo dos meses e a relatar os avanços, mas as primeiras impressões são altamente positivas.

he game is presented in an isometric view with the player in control of Zagreus. As a roguelike-style game, the player starts a runthrough of the game by trying to fight their way through a number of rooms; the room layouts are pre-determined, but their order, and the enemies that appear are randomly determined. The player has a primary weapon, a special attack, and a magic spell which they can use to take out enemies.

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