Halo na PlayStation foi ponderado pela Microsoft
Peter Moore fala do seu tempo na Xbox.
Peter Moore liderou a divisão Xbox da Microsoft entre 2003 e 2007, após passar diversos anos na Sega, sendo associado a alguns dos mais acarinhados momentos da marca, como o lançamento da Xbox 360 e diversos jogos de alto perfil.
Recentemente, Moore conversou com o IGN sobre o atual estado da indústria, o futuro das consolas e sobre o passado. Questionado se, no tempo no qual liderou a Xbox, seria capaz de lançar jogos dos seus estúdios na PlayStation e qual a sua opinião sobre o porquê da Microsoft ter feito isto?
“Penso que estão a molhar os dedos na água para ver como tudo isto corre. E fazes isto aos poucos e pensas em testar o ecossistema. Não vamos meter Halo ali.”
“Lembro-me de conversas sobre Halo na PlayStation. Estás sempre atento. Entras em jogos de guerra, fizemos isso enquanto equipa antes do lançamento da Xbox 360. Saímos por uns dias e entrei no papel de Ken Kutaragi e isto foi fascinante. McKinsey, do grupo de consultadoria, preparou isto e a ideia era compreender um pouco melhor a concorrência quando entras em jogos de guerra.”
Moore diz que tiveram de pensar em como a PlayStation reagiria à Xbox 360 , tal como lhe fizeram com a Dreamcast quando ficaram mergulhados no medo e incertezas. Segundo diz, isto trouxe imensa aprendizagem pois começaram a pensar no que fariam em resposta à Xbox se fossem os líderes da PlayStation.
Questionado se imagina Halo na PlayStation, Moore respondeu que “se a Microsoft disser ‘estamos a fazer $250 milhões nas nossas plataformas, mas se tornarmos Halo third-party, digamos assim, fazemos mil milhões’…isso dá-te imenso que pensar, certo?”
“É uma peça de propriedade intelectual. É maior do que apenas um jogo. Como é que avalias isso? Essas são as conversas que estão sempre a acontecer, como é que o avalias em tudo o que podes fazer?”
Moore diz que a “Xbox não seria o que a Xbox é sem Halo”, mas não duvida que este tipo de conversas estejam a decorrer na Microsoft.