Haze
A luta do néctar!
Haze não é, nem nunca foi e nunca será, um jogo normal. O facto de ser desenvolvido pela Free Radical, os responsáveis por TimeSplitters, dá-lhe um estatuto e expectativa como poucos outros. A isso também podemos aliar a enorme ambição em inovar dentro de um género que ganhou um sucesso gigantesco nesta nova geração de consolas. Durante o seu desenvolvimento, Haze passou de mais um título multiplataformas para um importante exclusivo Sony, aumentando a sua responsabilidade pois perante a falta de um certo título do género “made in Sony”, será a Haze que caberá fazer as honras enquanto a “resistência” não regressa.
Para presentear todos aqueles que desde o ano passado aguardavam pela demo, e também pelo jogo, a Sony lançou na Playstation Store essa tão aguardada demonstração como prenda especial do evento “Playstation Day”. É agora chegada a hora de tirar as dúvidas. Para muitos esta será a verdadeira prova que irá ditar se valerá a pena “lutar a luta justa”!
As expectativas para com Haze são mais que muitas. Especialmente desde que se tornou exclusivo. Não pelo simples capricho de ter mais um objecto a usar nas discussões entre adeptos de diferentes consolas, mas sim pela possibilidade de tirar maior proveito da consola, como a própria produtora já o referiu.
Vários aspectos da jogabilidade de Haze dão-lhe um carisma muito próprio e a Free Radical parece à partida ter o mérito de conseguir criar uma identidade própria para o seu jogo. Isto é muito importante pois numa altura em que abundam jogos do género, várias foram as promessas que apenas se tornaram em “mais um”, sem qualquer tipo de brilho.
A demo coloca-nos no papel de John Carpenter, o protagonista de Haze. Ao serviço da Mantel, a nossa missão é recuperar um carregamento de néctar, perdido algures no meio da selva e precioso demais para ficar perdido. Segundo revelou a Free Radical, este é o primeiro nível do jogo e como tal, é uma boa maneira de entrar no mundo controlado pelo néctar.
Como já referido, um dos aspectos mais promissores do jogo é a sua jogabilidade. Para além de várias novidades, Haze promete inovar em vários aspectos graças às várias mecânicas que apresenta. Como já revelado em vídeos, tanto os soldados da Mantel como os rebeldes tem várias capacidades únicas mas como a demo nos coloca no lado da Mantel, será das capacidades destes soldados que iremos falar.
Os soldados da Mantel podem recorrer ao uso de néctar, que uma vez administrado, aumenta os seus sentidos e capacidades. Ficam mais rápidos, mais fortes e durante o tempo em que estão sobe o efeito do néctar, os inimigos são facilmente visíveis pois assumem uma cor vermelha, imaginem uma espécie de visão térmica. No entanto nem só coisas boas o uso de néctar traz. Uma dose aplicada em excesso, existe um medidor pelo qual devem calcular a dose administrada, pode ter efeitos negativos. Após uma dose excessiva, o sistema revela sinais de mau funcionamento e perdemos o controlo. Algo que pode ser bastante problemático para os soldados que ficam vulneráveis a ataques. Pelo lado dos rebeldes, esta é uma das características que mais gozo nos deu ver fazer, como tal, temos pena que não seja possível jogar com os adversários dos soldados da Mantel.