Homefront
Será isto o que o futuro nos reserva?
O que aconteceria se uma guerra entre os E.U.A. e a Coreia tivesse início? É precisamente isto que Homefront tenta retratar. Enquanto que outros jogos abordam guerras passadas ou guerras actuais, a Kaos decidiu imaginar uma guerra hipotética que tem algo diferente das restantes. Embora, actualmente, existe certa frcção entre as duas Coreias, havendo uma certa intervenção dos E.U.A. Em Homefront a guerra localiza-se em território Norte-Americano, bem no centro dos lares familiares, onde todos consideravam ser um sítio seguro e fora de alcance dos inimigos. Para agravar a situação, os E.U.A. encontram-se em grande desvantagem com o país praticamente à mercê dos Coreanos.
A personagem que controlamos chama-se Jacob, que por aquilo que nos é dito ao longo do jogo é um piloto com experiência em Combate. O jogo começa com os soldados Coreanos a bater à nossa porta para prenderem-nos. No momento em que abrimos a porta somos logo encostados a uma parede onde somos agredidos com uma arma e logo a seguir atirados das escadas a baixo. Ainda com a visão enturvada somos encaminhados para um autocarro com outros prisioneiros. Esta é uma parte em que podemos observar em que estado estão os E.U.A. As pessoas estão a ser arrancadas de suas casas e espancadas sem misericórdia, ouvimos gritos e choros, numa rua vemos uma criança a testemunhar a morte dos seus pais, resumindo, tudo está um caos. Para a nossa sorte, a resistência ataca o autocarro e somos resgatados.
Esta atmosfera que se vive nos E.U.A. lembra imenso o holocausto Alemão. Numa das missões disponíveis nesta versão ainda não final, infiltramo-nos num campo de concentração. Somos abordados por um miúdo que pede desesperadamente comida dizendo que não come há dias. Mais à frente damos de caras com carradas de corpos numa valeta. É com cenas destas que Homefront consegue mexer connosco, é impossível não sentir nada quando vemos barbaridades como as que foram referidas.
O armamento não difere daquele que é normalmente observado neste género, existe contudo um arma distinta e que é usada diversas vezes pelos rebeldes nas situações mais desesperadas. Goliath é um carro telecomandado em tamanho real que dispara contra os alvos apontados por nós. Na última missão desta versão temos que usá-lo para destruir os jipes e um helicóptero coreano que estão a perseguir-nos. Os coreanos também têm uma arma diferente do habitual, é uma espécie de grua equipada com detector de movimentos e uma arma. Para destruir estes obstáculos é preciso uma aproximação com cuidado para não sermos detectados e quando estivermos à sua beira lançar uma granada para o local apontado.
O cenário mais usado parece ser os subúrbios, local onde todas as casas são muito parecidas. É no meio desde labirinto feito de casas que está o campo dos refugiados, que apesar da situação que envolve o país, tentam levar uma vida normal. Estas pessoas estão completamente dependentes da resistência, que no fundo não passam de pessoas normais que tentam lutar pela sua liberdade. Não há vestígios do exercito dos E.U.A, os membros que restaram lutam agora do lado da resistência, como é o caso de Jacob.
Aqueles que foram capturados pelos coreanos tentam fazer tudo para se salvarem. Voltando ao campo de concentração, somos traídos e denunciados por um suposto amigo da resistência, tudo isto para conseguir salvar a sua família. Não é uma atitude condenável, são tempos desesperados, é cada um por si mesmo.
Ao contrário do resto do jogo, o visual e gráficos de Homefront não impressionam. As caras das personagens parecem ter regredido uma geração e um monte de texturas fracas podem ser observadas em qualquer parte. É preciso aqui uma afinação séria. Quando digo isto, estou consciente que isto é apenas uma versão preview e que até ao lançamento do jogo muito pode melhor. Esperemos que sim.
O progresso e a forma como Homefront se desenrola é sempre linear. Os nossos companheiros ditam os objectivos e aquilo que temos de fazer. Em cenas em que é preciso arrombar uma porta temos que esperar que alguém o faça, o mesmo acontece em outras situações em que é necessário uma acção especial. Para contrastar, as áreas de confronto são espaçosas e abertas, dando a oportunidade de atacar os coreanos conforme desejarmos.
Infelizmente, nesta versão não tivemos acesso à componente multiplayer, que obviamente desempenhará um grande papel naquilo que Homefront tem para oferecer.
Homefront é um título com uma tema diferente daquilo a que estamos habituados, e esse deverá ser o seu trunfo para se destacar dos restantes títulos do género que estão previstos para este ano. Sai a 11 de Março para PlayStation 3, Xbox 360 e PC.