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Homefront

Lar marcial.

Após o colapso do dólar americano no mercado internacional e a unificação das duas Coreias, o status quo internacional sofre uma necessário alteração. Apoiada na força que o seu novo líder lhe transmite, a Coreia Unida aproveita a retirada militar dos Estados Unidos da América da cena internacional para iniciar o processo de anexação das nações circundantes.

Este fantasioso cenário (ainda que largamente baseado em premissas que não são necessariamente impossíveis) é o prelúdio a uma América invadida e dominada pela nação coreana, onde um pequeno grupo de resistentes tenta combater o já estabelecido domínio tirânico.

Situado duas décadas no futuro, Homefront explora este contexto pós-apocalíptico a fundo, introduzindo o jogador a uma comunidade que cultiva a sua própria comida e gera a sua energia, numa pequena aldeia, longe do jugo da autoridade instalada. Um verdadeiro porto seguro.

O cenário bucólico introdutório contrasta com a devastação observável nos locais sob o controlo "inimigo". Foi até dado a entender que parte do território teria sido alvo de ogivas nucleares, o que permite pressupor a variedade de cenários que nos esperam, numa viagem através do país para apoiar a causa rebelde.

A acção contrasta com a inocente comunidade de rebeldes, quer pela sua violência quer pelo elevado ritmo. De realçar a forte componente cinematográfica, à imagem do que se vê no género hoje em dia, com uma forte aposta nas sequências pré-escritas. Homefront é um jogo linear, mas, no entanto, desenrola-se com frequência em áreas abertas. No sentido de potenciar a acção, todo o tipo de eventos "perseguem" o jogador. Por exemplo, se um helicóptero explode no horizonte, a sua trajectória na queda procurará vir de encontro ao jogador. Uma decisão que permite dar ao jogador uma maior margem de manobra e até de exploração e ainda assim garantir que os eventos são observados como desejado.

Uma das secções tinha como co-protagonista Goliath, um veículo sem piloto, que depende do jogador para lhe dar alvos através de uns binóculos que fixam o que destruir. Ao mesmo tempo, existem soldados armados com EMPs capazes de incapacitar qualquer aparelho electrónico, consistindo a sequência demonstrada num ténue equilíbrio entre o uso do Goliath (através dos tais binóculos) para atacar a maior parte das tropas inimigas e o uso da nossa espingarda de longo alcance para eliminar inimigos munidos de EMPs para garantir que o Goliath continua activo.

O desenvolvimento da versão PC está a cargo do estúdio Digital Extremes (muito conhecido pelo seu trabalho na saga Unreal), ao contrário das versões consola que são da responsabilidade da Kaos Studios. Isto deve-se à intenção da THQ de apostar forte na componente online de Homefront no PC, com todo o tipo de funcionalidades, desde LAN a suporte para clãs.

Com uma premissa que, bem explorada, se pode revelar realmente interessante, Homefront tem algo para se distanciar da avalanche de first-person shooters que têm invadido o mercado, ficaremos atentos para saber se a execução desta estará à altura das expectativas.

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