House of the Dead Overkill: Extended Cut - Análise
Carnaval dos mutantes.
Entre disparates verbais e imprevistas situações, o humor e a paródia prevalecem nas sequências cinematográficas que abrem e fecham os capítulos. A natureza surreal de alguns momentos traslada para os inimigos, um bestiário da pior espécie. Quando estão em causa seres mutantes tudo é possível em Overkill e a oferta de criaturas de final de nível toca o quanto pior, melhor.
Mais rápido do que a sombra?
É possível acabar Overkill usando o Dual Schock, mas terão sempre mais dificuldades. A mira é imprecisa e nos momentos em que é necessária destreza nas operações a interface deita quase tudo a perder. O sistema de punição não é tão avançado e este é um dos problemas herdados do jogo anterior. De cada vez que a vida do jogador chega a zero, prosseguir irá implicar uma perda de metade dos pontos e assim sucessivamente, o que significa que têm créditos inesgotáveis por capítulo. Por isso, jogar com o Move é não só mais estimulante e divertido pela precisão, mas também deixa a experiência mais fácil.
Jogando a este nível podem sempre apontar para os combos e arriscar a melhor pontuação possível por capítulo. Obtendo os pontos necessários, poderão comprar novas armas e melhorar as disponíveis dentro de um quadro de vários parâmetros. À medida que forem acumulando créditos poderão até conjugar duas armas. A caçadeira é uma das preferidas, mas há outras armas igualmente eficazes para limpar o sebo à onda de criaturas infetadas e as granadas oferecem outras hipóteses de destruição.
Uma das inovações que o jogo conheceu e que transita da versão Wii é a hipótese de o jogador apontar a arma para as laterais como forma de abrir mais algum campo de visão, enquanto mantiver a arma para lá apontada. Dessa forma poderá acertar em estojos de medicamentos para melhorar a saúde, dinheiro e até acertar num objeto avermelhado que transforma a ação em câmara lenta (ideal para uns headshots). Outras vezes poderão rebentar com objetos pesados como lustres de uma sala ou letras gordas de um estabelecimento capazes de tombar em cima de uma mão cheia de figuras de sangue podre fedorento.
Os capítulos encontram-se divididos por temas, como a secção noturna dedicada às stripers, a mansão de Papa Caesar ou então o hospital dos horrores. A passagem para a alta definição permite rever alguns capítulos com mais algum interesse e também encontrar velhos inimigos agora com uma definição mais horrenda. No fundo este é um jogo que patrocina uma toada de terror. Desmembramentos, cabeças rebentadas e corpos amontoados com sangue espalhado por todo o lado fazem parte desta viagem em modo piloto automático.
Depois de completados alguns capítulos poderão ativar algumas opções como mutantes extra e até jogar em 3D se tiverem um televisor com a respetiva tecnologia. O modo Director's Cut é outra das opções ao dispor, tendo o aliciante dos desafios e inimigos mais exigentes, tudo para um desafio à altura dos jogadores "hardcore". Outros mini-jogos como Stayin' Alive, Victim Support e Money Shot II podem ser desfrutados entre 2 a 4 jogadores.
Overkill: Extended Cut é uma versão graficamente melhorada e ligeiramente mais desenvolvida da mesma versão lançada para a Nintendo Wii há dois anos. Fazendo todo o sentido a combinação do jogo com o Move, será uma proposta (com os seus limites de longevidade e género) a ter em conta por quem nutre saudade pelos tempos da maquinaria arcade, sem necessidade de acorrer às moedas depositadas no bolso para obter um novo crédito.