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Hunted: The Demon's Forge

Uma aventura interessante mas mal conseguida.

As armas desempenham um grande papel em Hunted: The Demon’s Forge, principalmente os escudos. Estes não duram para sempre, e conforme os usamos, gastam-se. É preciso andar constantemente a trocar de escudo se quiserem que a vossa defesa esteja ao nível máximo. É possível apanhar os escudos dos inimigos derrotados, logo não é algo incomodativo. O que não é agradável, é descobrir que as armas mágicas acabam por perder a magia e tornam-se em armas vulgares passado algum tempo. Sabendo isto, perde-se logo a vontade de exploração.

O combate é mais ou menos, não é mau mas também não é bom. O ritmo é imposto pelos inimigos, aqueles que estão equipados com escudo tendem a defender-se com frequência. Por outro lado, existem arqueiros que ficam sempre longe de nós e a acertar-nos com flechas. Por isso é que é importante jogar com um outro jogador, para criar um equilíbrio no campo de batalha. O maior problema com o combate é a falta de polimento e fluidez e quando em movimento, o Caddoc e E'Lara são excessivamente lentos, dando a sensação que estão quase em câmara lenta. Tendo em conta que uma grande parte do jogo é passada a combater, era esperado um algo melhor.

Logo no princípio do jogo, Caddoc e E’Lara ganham poderes mágicos graças a um demónio e que podem ser melhorados ao longo do jogo recolhendo uns cristais. Quando elevados ao nível máximo, tornam-se incrivelmente poderosos e úteis em combate, mas para equilibrar as coisas, existe um sistema de mana para limitar o seu uso. No fundo, os poderes acabam por ser uma boa forma para criar alguma variedade do combate aborrecido que o jogo oferece.

Trailer de lançamento

Ao contrário do resto do jogo, a história e ambiente conseguem ser interessantes, lembrando um pouco a trilogia Senhor dos Anéis. Há uma sensação de aventura e curiosidade, pois a trama principal não é revelada logo no começo. Apenas sabemos que os wargars andam a raptar humanos, mas para quê, não sabemos. Vamos descobrindo mais detalhes à medida que completamos os capítulos e atravessamos as diferentes áreas que constituem o mundo do jogo.

Depois de terminarem a estória, e se tiverem vontade de jogar mais, podem entreter-se com o criador de mapas “Crucible”. É semelhante ao modo “Horde” de Gears of War, só que em vez de jogarem em mapas criados pela inXile, jogam em mapas criados por vocês e/ou pela comunidade. Mas nada que impressione.

Hunted: The Demon’s Forge não é um jogo mau. A ideia geral até tem qualidade, é pena que a sua realização e resultado final fique muito aquém daquilo que realmente poderia ser. Talvez tenha faltado ambição, talvez houvesse necessidade de mais de tempo, ou talvez tenha havido dificuldades que desconhecemos. O que é certo, é que se estão a pensar adquirir Hunted: The Demon’s Forge, devem ter cautela e pensar se vale realmente aquilo que irão pagar por ele.

5 / 10

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