Inazuma Eleven 2: Blizzard/Firestorm - Análise
A aventura da equipa de Raimon continua.
Na jogabilidade é seguida a filosofia de não mexer naquilo que já está bom. A formula vencedora do primeiro regressa combinando jogabilidade em tempo real com as fintas, remates e defesas a mostrarem o lado RPG do jogo. As únicas novidades incluem a possibilidade de rematar de longe ao carregar no botão "S" no ecrã tátil e o corte da bola de um defesa logo após o adversário rematar. Estas dois novos elementos não mudam a forma de jogar drasticamente, mas tornam-se úteis em algumas situações e ajudam a recriar de melhor forma o desporto em questão.
Nos jogadores as novidades também vêm em pouca quantidade. Os quatro elementos (Ar, Madeira, Fogo e Terra) continuam algo a ter em atenção quando dois jogadores entram em confronto, assim como as estatísticas de cada um que variam com a posição a ocupar em campo. Mas este último aspeto pode ser alterado em alguns jogadores de Inazuma Eleven 2 caso tenham um alter-ego. O alter-ego é bem diferente do jogador em estado normal e possui novas habilidades especiais, estatísticas diferentes e mais elevadas e pode ocupar uma outra posição em campo, isto é, é alter-ego de um defesa pode ser um atacante.
De resto, tudo está igual em Inazuma Eleven 2. O stylus é a ferramenta a ser usada durante os confrontos e funciona na perfeição. Para quem não jogou o primeiro, a reação inicial será perguntar porque não usaram o d-pad ou botão deslizante para controlar o jogador, mas é uma questão de hábito e permite direcionar rapidamente os restantes membros da equipa para jogadas ou passes mais eficazes.
Subir o nível da nossa equipa, recrutar novos jogadores e desfrutar da estória de Inazuma Eleven 2 é durante algumas horas o suficiente para manter o jogador agarrado. Mas não posso deixar de mencionar que acabei por sentir mais adiante um aborrecimento em relação à estória devido à repetitividade do enredo. Depois de derrotar a equipa adversária que supostamente era a mais poderosa, adivinhem o que acontece? Afinal existe outra equipa mais poderosa, e assim em diante.
Quando jogamos pela primeira vez contra estas equipas mais poderosas pela primeira vez, não importa o quão bem jogam ou em que nível a vossa equipa está, independentemente destes fatores, vão perder. O jogo está scriptado para tal. Depois de perderem, Mark tenta mais uma vez levantar a moral da equipa e encorajar os jogadores para treinarem mais para que da próxima vez consigam uma vitória em vez de uma derrota.
Os jogos de 11 contra 11 permanecem reservados para as ocasiões especiais e na maioria das vezes estão reservados para o final do capítulo. Os restantes jogos, aqueles que aparecem ocasionalmente enquanto navegamos pelas várias cidades, são de quatro contra quatro, o que exige uma troca regular dos quatro jogadores principais para que não haja um desequilibro entre o nível da equipa
Inazuma Eleven 2 é, para o bem e para o mal, mais do mesmo e os mesmos elogios também se aplicam aqui. É um RPG encantador, simples e cativante que combina perfeitamente o futebol com fantasia e irrealismo. Se gostaram do primeiro, então o mais certo é que a continuação seja do vosso agrado, isto se não se importarem das pouquíssimas novidades introduzidas e de não ter havido preocupação em corrigir as falhas do original. Caso queiram iniciar-se em Inazuma Eleven nesta sequela, o jogo presume que jogaram o primeiro, embora não haja motivo para ficarem intimidados. A estória é de fácil compreensão e dá para perceber um pouco do aconteceu no capítulo anterior.
Inazuma Eleven 2 vem com duas versões distintas: Blizzard e Firestorm. Existem ligeiras diferenças entre a estória, jogador secreto e boss exclusivo. A capa também é diferente, pelo que é bastante fácil distinguir uma da outra.