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Indústria dos videojogos vai focar-se em projetos AAA mais pequenos

É o que diz o diretor de Dying Light: The Beast.

Crédito da imagem: Techland

Jogos mais curtos, como Dying Light: The Beast, podem ser o futuro da indústria – acredita Tymon Smektała, diretor da série.

Em entrevista ao Games Industry.biz, Smektała abordou vários temas curiosos e mencionou o porquê de terem decidido tornar The Beast um jogo separado, e o porquê de não o terem chamado de Dying Light 3.

“Porque temos planos diferentes para Dying Light 3”, sorri Smektała. “Já vemos o futuro da série. [Dying Light: The Beast] não fazia parte desse plano maior, mas porque nos envolvemos tanto, somos tão apaixonados por isso, ficou assim.”

Ele acrescentou que The Beast é "definitivamente mais compacto" do que um jogo AAA de grande orçamento, comparando-o a um expresso duplo: "Pode não ser tão grande como um americano, mas também não tem tanta água, é apenas mais do que conta, o que é importante."

Para além disso, o diretor aborda uma tendência crescente nos estúdios que consiste em lançar jogos de menores dimensões entre os seus projetos maiores (como Uncharted: The Lost Legacy e Spider-Man: Miles Morales).

Smektała afirma que o facto de mais produtores estarem a dedicar tempo a projetos mais curtos entre os seus principais blockbusters faz todo o sentido, e beneficia todos os envolvidos.

"Percebo que para muitos jogadores haja um [fascínio] pelo número de horas que o jogo oferece. Mas à medida que os jogadores envelhecem, à medida que o mundo à nossa volta se torna cada vez mais intenso e à medida que temos muitas coisas que roubam-nos a atenção, se tiver um jogo que preciso de jogar 50 a 100 horas para ser concluído, é muito difícil encontrar tempo para isso, certo?"

“Do ponto de vista do estúdio, alguns dos problemas que a indústria enfrenta atualmente é que os jogos se tornam cada vez maiores”, continua. "Têm orçamentos maiores, demoram mais tempo a produzir. Tens 500 pessoas a trabalhar num jogo durante cinco anos e, no final, pode não ter tanto sucesso."

No artigo, Smektała diz ainda que existe uma obsessão na indústria com o número de horas que um jogo oferece, e que estas aventuras mais pequenas poderão fazer parte do futuro dos jogos em geral.

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