inFamous

Estes momentos em que terão que fazer escolhas morais são apresentados numa espécie de reflexão: "se fazer X então acontecerá Y, qual deverei escolher?" A escolha tomada estará directamente ligada ao Karma. Em Fallout 3, por exemplo, as escolhas morais afectam decididamente a forma como são vistos pelos populares no seio das suas cidades, e isto é algo que realmente funciona bem pois ter bom ou mau Karma trás as suas vantagens, e isso sente-se. inFamous almeja fazer o mesmo. Veremos. Uma coisa é certa, escolhas morais só trazem benefícios ao jogo se estarem assentes numa mecânica de jogo que realmente as presenteie.

Mas porque é que Cole é tão energético e ágil? Isto remonta-nos talvez para o conceito de Mirror’s Edge. Também Cole era já antes do “grande acontecimento” um daqueles tipos que gosta de pular de um lado para o outro à procura da melhor paisagem – seja ela na ponte ali ao lado ou no cimo de um arranha-céus. No jogo em si, isto reflecte-se na forma como poderão explorar a cidade.

Tudo o que a vista alcança é presentemente alcançável, mas isto não quer dizer que no espaço de transição entre missões terão que apanhar uma seca percorrendo longas distâncias a pé. As transições serão feitas de forma divertida e empolgante, essencialmente porque a natureza dos cenários assim o permite. Pelo menos assim o esperamos. É possível fazer “grinds” ao longo dos fios de corrente eléctrica, subir tubos e até mesmo ostentar pequenos momentos de voo.

Cole pode ainda esconder-se atrás de objectos graças ao sistema de Cover, algo que segundo o produtor do jogo se assemelha a jogos como Uncharted ou Gears of War e será essencialmente útil em alturas nas quais Cole parca em energia. Cole não virá a possuir armas com o desenrolar da aventura, contudo uma série de novos ataques, peripécias e habilidades serão desbloqueados com o desenrolar do jogo, oferecendo alguma variedade mas, acima de tudo, algo que faça os jogadores terem vontade de continuar a jogar.

Ainda que Cole seja a única personagem controlável, este terá dois amigos que o irão acompanhar e eventualmente ajudar. Zeke, um mensageiro ciclista que terá eventualmente inveja dos seus poderes e Trish, a ex-namorada de Cole, estudante de medicina que fica resignada perante o facto da explosão “provocada” por Cole ter matado a sua irmã. Divergências à parte, irão ainda assim ajudá-lo nesta luta contra a desordem.

A cidade em si é viva e cheia de movimento. Existem comboios a passar que podem ser utilizados como meio de transporte, carros guiados pelo desespero e populares que fogem sem saber bem para onde. Está nas mão de Cole tornar-se o seu herói ou anti-herói, e talvez o Deus que a cidade precisa para seguir em frente. Muita acção está prometida e a verdade é que a cidade parece realmente estar em constante movimento. Espera-se alguma variedade no que toca a missões, podendo a electricidade utilizada por Cole vir mesmo a ser crucial no desenrolar de determinadas acções. A curiosidade aumenta essencialmente no que toca ao desenvolver deste mundo aberto e às interacções de Cole com o mesmo.