Infinity Blade
O pai do pai do pai do pai do pai...
O jogo tem uma curva de aprendizagem extremamente rápida. Não nos é permitido andar por onde quisermos, apenas percorremos os cenários escolhendo as zonas para onde ir. Na verdade não existe muito por onde escolher, temos duas ou três alternativas ao todo. Pelo caminho podemos olhar em volta para descobrir sacos, poções e cofres escondidos, e obter as tão preciosas moedas e bens para subir de nível. Este é o principal objectivo do jogo, subir de nível até estarmos à altura do último boss. Nas lutas usamos dois botões para fugir para a esquerda e direita, outro para bloquear com o escudo e o ecrã total para poder desferir os golpes com as espadas e machados. Podemos usar as poções para restaurar a vida, usar magia, e aumentar os golpes com determinados poderes. Tudo isto poderá ser configurado no nosso inventario, em qualquer altura do jogo.
Poderei considerar o Infinity Blade como um RPG táctico, e de certa forma por turnos. Passando a euforia inicial, principalmente pelo seu aspecto gráfico, a compreensão dos ataques de cada inimigo é o melhor a fazer. Eles atacam pela esquerda, direita e ao centro, quer com o corpo quer com as armas. A cada vez que percorremos os cenários os inimigos estão exactamente nos mesmos locais, mas irão estar cada vez mais fortes. Se já estamos no nível 20, poderão contar com inimigos acima do vosso nível. Embora as batalhas sejam interessantes, ficando cada vez mais difíceis, não irá agradar a todos. Uns poderão achar desafiante, outros irão achar completamente uma seca, tal é o número de vezes que passamos pelos mesmos locais. Da minha parte, estou entre os dois.
Com as moedas adquiridas iremos poder comprar e aumentar o poder de cada arma e protecção. Podemos alterar a magia pelos anéis, capacetes, escudos e armaduras. E claro, a arma principal, associando também poderes e capacidades como retirar energia ou aumentar a força do golpe, consoante as características do inimigo.
Interessante é que embora na primeira vez que chegamos ao boss ele é extremamente rápido e ágil, claro, está no nível cinquenta, quantas mais vezes chegamos lá, mais lento ele é. Parece-me que esta é uma falsa dificuldade, onde a rapidez inicial diminui perante a tua subida de nível. Não deveria manter-se sempre igual?
Outra das falhas do jogo é a lentidão com que tudo se passa. É claro que o guerreiro está com uma enorme armadura, enorme espada, mas tudo se desenrola em câmara lenta. Na luta com os inimigos, que variam em formato e poder nos mesmos locais, existe uma certa ajuda para o combate que é quando a câmara fica lenta, para podermos efectuar os golpes com a espada. Neste aspecto da jogabilidade o iPad vence pois permite uma maior visibilidade de todos os elementos do ecrã. No iPhone foram muitas as vezes que simplesmente os comandos não funcionaram, devido a estar tudo demasiado junto.
Infinity Blade é certamente uma demonstração de todo o poder que as plataformas Apple escondem. Gráficos fantásticos, animações e som a condizer, com pitada de gore. Como referi, alguns irão achar a experiência frustrante, outros poderão achar um desafio bem à altura, com uma jogabilidade descomprometida. Os 4.99€ poderão valer bem a pena para alguns. Se forem pessoas que gostam de desafios, não importando a repetição dos movimentos e ambiente, este jogo é para vocês. Se gostam de exploração e de diversidade de ambientes, certamente servirá para poderem confirmar que a máquina que têm nas mãos é extremamente poderosa.