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Injustice 2 promete batalhas épicas entre super-heróis

As nossas impressões do que jogámos na E3 2016.

O momento não podia ser melhor para revelar Injustice 2. Com os cinemas repletos de filmes de super-heróis, seria um desperdício não aproveitar esta onda de popularidade do género e lançar um jogo que capitalize neste súbito interesse da audiência mundial nas personagens das bandas desenhadas. Embora a Marvel tenha neste momento o monopólio de filmes de super-heróis, com Batman v Superman a DC Comics, juntamente com a Warner Bros, deu início ao seu universo cinemático e os próximos anos serão vindouros no que toca a filmes de super-heróis da DC Comics. Embora Injustice 2 não esteja de forma alguma relacionado com o universo cinemático, tira naturalmente proveito desta investida nos filmes. Quem é que depois de ver um filme de super-heróis não fica com a vontade de encarnar a personagem e de recriar as batalhas épicas? É isto que Injustice 2 promete.

Injustice 2 está a ser desenvolvido para PlayStation 4 e Xbox One e está ao cuidado da Netherealm Studios. Este é o mesmo estúdio de Mortal Kombat e que também nos trouxe o primeiro Injustice, portanto, são pessoas experientes no género de jogos de luta. Tal como o jogo original, esta sequela herda algumas das mecânicas de Mortal Kombat. Em vez dos ataques X-Ray temos os Super Moves (mas que são activados da mesma forma), e os ataques especiais têm variações se recorrermos à barra de poder. A sensação que o jogo dá e a própria movimentação das personagens é semelhante a Mortal Kombat, mas Injustice 2 está longe de ser uma mera "capa". Este é um jogo com personagens únicas e com as suas próprias características.

Durante a E3 2016 tive a oportunidade de experimentar Injustice 2 e a primeira coisa em que reparei foi no aspecto fantástico: a atenção aos detalhes e aos modelos das personagens, as cores vivas dos cenários, os efeitos dos super-poderes, e claro, a fluidez da jogabilidade (o jogo corre a 1080p / 60 fps). Aparentemente, Injustice 2 usa a mesma tecnologia de Mortal Kombat X (que foi construído numa versão melhorada do Unreal Engine 3), pelo que não é de estranhar que a Netherrealm tenha conseguido alcançar resultados igualmente positivos. Em comparação ao primeiro Injustice, que chegou a ser remasterizado para a geração actual, Injustice 2 melhora em vários pontos, apresentando imagens mais nítidas e vivazes que captam logo a nossa atenção.

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Não é só na parte na parte visual que Injustice 2 deixa impressões positivas. O acto de jogar é divertido e imediatamente satisfatório. A Netherealm conseguiu encontrar um bom equilíbrio entre o casual e o hardcore, no sentido de que o jogo é imediatamente acessível mas esconde profundidade para aqueles que querem competir a sério e estudar os ataques e combos dos lutadores ao pormenor. Todos os lutadores têm um leque de combos pré-definidos, ataques especiais e movimentos únicos. Têm também um Super Move, que pode ser desencadeado carregando em ambos os gatilhos quando a barra de poder fica cheia. Os Super Moves oferecem gratificação instantânea, resultando num ataque cinemático bem coreografado e memorável que causa dano considerável ao oponente.

A versão que joguei apenas continha seis lutadores para escolha, mas para a versão final a Netherrealm promete a melhor lista de personagens de sempre num jogo da DC Comics. Das personagens disponíveis nesta versão, três já estavam presentes no jogo anterior - Superman, Batman e Aquaman - e três são novas - Supergirl, Atrocitus e Gorila Grodd. Estes dois últimos são lutadores tanque, com um grande poder de ataque e movimentos que expressam força. A Supergirl partilha o mesmo leque de poderes do Superman, mas em Injustice 2 é mais ágil e focada nos ataques de congelar o oponente e de disparar raios laser dos olhos. O jogo só será lançado em 2017, pelo que até ao lançamento muitas mais personagens serão reveladas.

"Gostamos da ideia das armaduras e das possibilidades que estas trazem para a personalização para cada lutador"

Além dos novos lutadores, Injustice 2 traz outra novidade, tanto para a série como para o género das lutas. Esta novidade são armaduras para os lutadores. As armaduras são ganhas no final das partidas e permitem personalizar os lutadores. Estas armaduras não têm apenas um efeito estético, também têm estatísticas associadas. Cada lutador tem agora estatísticas associadas e as armaduras melhoram estas estatísticas. A ideia é dar um jogador um sentido de progressão e de tornar cada lutador único. Desta forma, o jogo também ganha mais valor nos modos a solo, além do já esperado modo história, que dará continuidade aos eventos do primeiro jogo. Ainda não sabemos ao certo como funcionarão as armaduras para os modos competitivos no online e nos torneios, já que poderão criar desvantagens, mas se bem usado, é um conceito que poderá resultar bem.

Não foram reveladas mais informações e na E3 o tempo para jogar é sempre muito limitado, mas do que pudemos ver e jogar, ficamos entusiasmados com Injustice 2. A sequela aproveita os alicerces estabelecidos pelo primeiro jogo e constrói em cima disso, procurando ir de encontro às expectativas dos fãs. Gostamos da ideia das armaduras e das possibilidades que estas trazem para a personalização para cada lutador (vimos armaduras de nível 20 lindíssimas), mas cabe à Netherrealm garantir que esta novidade não resultará em desequilíbrios. Se gostam de super-heróis e de jogos de luta, Injustice 2 promete tornar-se na combinação perfeita.

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