Invizimals: O Reino perdido - Análise
Também há Invizimals na televisão.
Na terra dos Invizimals, Hiro consegue transformar-se numa destas fantásticas criaturas, assim como mudar entre cada uma a qualquer altura. Vamos desbloqueando os Invizimals ao longo da aventura em segmentos completamente em QTE's (quick time events), um método estranho para trazer o combate entre Invizimals para este formato.
O combate normal é melhor, mas ao final da primeira hora torna-se um penoso repetir do pressionar de botões, quando percebemos que não há grande variedade onde mais interessa, na jogabilidade. O combate é sempre muito igual, independentemente do Invizimal que escolhemos e as acrobacias mais espetaculares acontecem de forma automática, ligadas à capacidade especial de cada Invizimal.
Mesmo os inimigos não acrescentam nada à equação, na maioria das vezes são apenas sacos de pancada à nossa frente, sempre lentos e previsíveis. Felizmente grande parte deles pode ser evitado, ainda que a partir do meio do jogo, se comecem a suceder umas "gauntlets" que exigem que paremos para combater.
As capacidades especiais de cada um tornam-nos imprescindíveis para a progressão, um deles consegue planar, o outro subir paredes, há ainda um especialista em investidas para partir portões ou um outro que se desmaterializa para passar paredes. Existem oito, cada um com a sua própria capacidade, que infelizmente só pode ser utilizada em áreas determinadas e de forma automática. Áreas em destaque, colocadas no mapa como pretexto para exibirem a habilidade do Invizimal.
"Não há grande variedade onde mais interessa, na jogabilidade."
Mesmo o próprio controlo da personagem é algo preso e certas animações desajeitadas. É difícil pôr por palavras, mas uma das sensações que se espera retirar de um jogo de plataformas é a fluidez. Num jogo desenhado para manter um ritmo constante, ser interrompido por problemas de colisão ou demora na resposta aos "inputs" é do mais irritante que pode acontecer. Mesmo que seja apenas por uns segundos até reajustarmos a abordagem. Lembro-me de momentos em que fiquei preso no cenário, de saltar contra paredes invisíveis, e ainda de ter sérios problemas com a câmara automática.
Depois, facilmente se detetam problemas com o sistema de física e mecânicas a carecer de polimento. Por vezes as habilidades têm um atraso irritante desde o momento do "input", até à animação no jogo. E nem pensar em interromper uma ação a meio, se carregamos no "soco" e nos arrependermos a meio, nada feito, primeiro damos o soco, lentamente até ao final, depois vamos para onde queremos.
Não há muito mais a dizer sobre Invizimals O Reino Perdido, julgo que como entrada num formato diferente merecia melhor sorte, no estado em que está não é mais do que um jogo de plataformas/aventura medíocre, que traz Invizimals exclusivos, e um modo de ligação ao jogo da PlayStation Vita, o seu maior trunfo. É adequado aos verdadeiros fãs da série e aos colecionadores impulsivos, todos os outros têm melhores opções à sua volta.