Já jogámos Dead Island 2 - Matança para todos os gostos
Suspirem de alívio, está mesmo a chegar.
Parece impossível, mas é mesmo verdade, Dead Island 2 está a chegar e a prova disso é que já tive a oportunidade de o jogar antecipadamente. Os nossos agradecimentos à Deep Silver pela oportunidade. Foram longos anos de incerteza, ao ponto de se duvidar que o projeto iria mesmo ver a luz do dia. Já lá vão 8 anos, sim foi mesmo há imenso tempo que recebemos o primeiro trailer na E3 de 2014. Neste longo e penoso período de tempo, muita coisa se falou, até foi colocado em cima da mesa o cancelamento do projeto, mas a persistência da editora permitiu que este continuasse em estado vegetativo para finalmente o acordar do coma profundo.
Hell-A, o nosso parque de diversões!
Obviamente que esta sequela suporta a mesma nomenclatura, mas Dead Island há muito tempo que deixou de ser sobre zombies numa ilha, transportado agora para uma Los Angeles com a alcunha de Hell-A, totalmente dizimada por um vírus que tornou quase todos os humanos em mortos vivos. É nesta exótica e vibrante cidade que nos iremos deliciar, numa aposta absolutamente orientada para a diversão, particularmente pelas diversas formas elaboradas como podemos esventrar zombies.
Tive o privilégio de jogar Dead Island 2 durante várias horas, desde o início e com todos os personagens (Dani, Jacob, Ryan, Amy, Bruno e Carla). Cada um com características próprias que realmente têm impacto na forma como abordamos os confrontos. Uns mais através da força bruta, enquanto outros são mais ágeis e até a particularidade de outros usarem mais a massa cinzenta. Gostei da variedade, existe certamente um personagem para cada tipo de jogador.
O objetivo aqui é sobreviver, encontrar forma de nos safarmos desta Hell-A apocalíptica. Para isso temos à disposição um arsenal quase infindável, tudo serve como arma, desde martelos, tacos de golfe, engaços, facas, e tudo o que possam imaginar. Também é de louvar a excelente personalização das mesmas, conseguimos belas combinações para diversificados efeitos, desde eletricidade, fogo, gelo, tóxico e mais. Adorei a vasta personalização das armas, ficam com grande poder de dano e sobretudo criam efeitos visuais que são um regalo para os olhos. Dead Island 2 não desiludiu nesta parte, está como eu esperava e vai mais além.
A complementar a personalização das armas temos as Skills, que são movimentos de combate e bónus, divididas por quatro patamares. Nos patamares, são inseridas cartas para obter determinado efeito/vantagem. As Skills dão mais capacidade ao personagem, podemos mesmo moldar a jogabilidade à forma como pretendemos encarar os inimigos. Somo livres de ir experimentando as cartas, podemos sempre retirar umas por outras se não gostamos do efeito das mesmas ou até para adaptarmos o personagem a um desafio específico.
Dança visceral e sangrenta
O combate corpo-a-corpo é de enorme importância, temos de saber como abordar os zombies, já que facilmente ficámos rodeados, se não temos uma boa arma as coisas tornam-se bem complicadas. Existem vários tipos de zombies, como puderam observar nos diversos vídeos divulgados pelo estúdio, e na parte que joguei encontrei alguns deles. Alguns requerem dano específico, enquanto outros a melhor estratégia é incapacitá-los, cortando-lhes os braços ou as pernas. É como uma dança visceral e sangrenta, onde o grotesco está sempre presente e a diversão é garantida.
"os zombies em Dead Island 2 sofrem muito mesmo, são o nosso parque de diversão"
O que mais me fascinou aqui foi a forma como os zombies foram criados. É impressionante a forma como os podemos matar, chega a ser um tanto repugnante. Imaginem um zombie a vir na vossa direção, atacamos com dano tóxico, mas mesmo assim ele consegue agarrar-nos, na animação para nos libertarmos conseguimos visualizar o corpo a desfazer-se, a pele a dissolver com o ácido para posteriormente passar para a carne e finalmente ficar apenas o esqueleto. São estas experiências deliciosas que vamos encontrar, os zombies em Dead Island 2 sofrem muito mesmo, são o nosso parque de diversão.
Do tempo que joguei, posso dizer que me diverti imenso, continua na linha original, oferece muita diversão e um humor negro ainda mais vincado. Nota-se imenso foco nos zombies, e de facto se é um jogo sobre zombies estes devem ser uma das partes principais da experiência. A produtora parece ter assimilado bem esse princípio, e o jogador só tem de agradecer esse empenho, em nos apresentar o que realmente queremos.
Arte é fiel ao original
Visualmente, está bastante apetecível. Joguei no PC, confesso que gostei muito dos visuais coloridos, a arte é fiel ao original e adaptada às exigências atuais. Está muito acima da média mesmo. Aqui entram mais uma vez os zombies, que realmente estão fantásticos. Além da variedade dos modelos, magros, gordos, altos, baixos, e muito mais, estes são visualmente muito apelativos, com deliciosas particularidades que denotam uma grande preocupação pelo detalhe.
De todo o tempo que joguei, a parte que me deixou mais apreensivo foi a de que não é um mundo aberto na sua plenitude, temos carregamentos sempre que se troca de zona, é um mundo aberto de certa forma híbrido. Nada que estrague a experiência de jogo, mas preferia que não existissem tempos de carregamento entre as zonas.
Esta amostra de várias horas dá a entender que Dead Island 2 não é apenas o deitar cá para fora um trabalho que esteve na gaveta durante todos estes anos. Existe realmente uma missão de conseguirem atingir bons patamares de qualidade. A Dambuster Studios levou essa missão muito a sério, e pela amostra, está bem encaminhada.
Dead Island 2 será lançado a 21 de abril de 2023 na Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC.